Vereadores debatem produção e difusão audiovisual para afrodescendentes

Fonte: A Tarde –

 

Direito à imagem e ao acesso à produção, distribuição e difusão das artes visuais para as comunidades negras, foram alguns dos assuntos debatidos na audiência pública, requerida pelo vereador Moisés Rocha (PT), realizada na terça-feira (15) no Centro de Cultura da Câmara Municipal. O vereador ressaltou a importância do movimento cineclubista que, de acordo com ele, teve forte participação no processo de redemocratização do Brasil.

 

“É importante discutir políticas públicas para o movimento cineclubista, que tanto contribuiu para a redemocratização do país, mas atualmente passa por uma série de crises. Então essa sessão é para tentar resgatar esse movimento e popularizar o áudio-visual no Brasil”, defendeu.

 

A mesa do evento, que também debateu sobre o controle de veiculação de imagens captadas em quilombos e presídios, foi composta pelo presidente do Conselho Nacional de Cineclubes, Antônio Claudino de Jesus; pelo representante do Centro de Estudos das Artes Afro-orientais, Vilma Reis; pelo representante da Fundação Gregório de Matos, Catia Jordan, e pelo presidente do Instituto de Radiodifusão do Estado da Bahia (IRDEB), Pola Ribeiro.

 

Em relação à divulgação de imagens abusivas de quilombos e presídios, Rocha disse que o seu principal interesse, além de preservar a população, é controlar a veiculação de imagens dessas instituições em programas sensacionalistas. “Eu defendo ações indenizatórias contra esses órgãos que buscam denunciar e provocar o abuso do direito da imagem da população pobre e excluída que vive à margem da pobreza”, afirma o vereador.

 

Esdras Márcio, representante do movimento LGBT, acredita que a audiência foi o primeiro passo para que as classes menos favorecidas da sociedade possam dialogar com as autoridades responsáveis. “Acho que esse evento é importante para que se discuta como vai colocar o negro e o homossexual na mídia. É uma abertura para dialogar com os poderes. É uma oportunidade que nós negros e homossexuais temos para conquistar o nosso espaço”, relata.

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