Vice-procuradora geral diz que impeachment é golpe e renuncia ao cargo

Ela Wieck também afirmou que tem muita gente que pensa como ela dentro do Ministério Público

Do RBA

São Paulo – A vice-procuradora geral da República, Ela Wiecko Volkmer de Castilho, pediu a renúncia do cargo ontem (30) após afirmar ser golpe o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

Ela foi indicada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em 2013. A saída da vice aconteceu após aVeja questionar a participação dela no ato contra impeachment, em Lisboa. Ao site da revista, Wieckoafirmou que, do ponto de vista político, o impeachment de Dilma é um golpe. “É um golpe bem feito dentro daquelas regras”.

A vice procuradora afirmou que tem muita gente que pensa como ela dentro do Ministério Público. “Pelas coisas que a gente sabe do Temer, não me agrada ter o Temer como presidente. Não me agrada mesmo. Ele não está sendo delatado? Eu sei que tenho delação contra ele, então não quero”, acrescentou.

Ela foi questionada pela Veja, após aparece em uma manifestação em Lisboa, em Junho, denunciando o golpe do impeachment e pedindo “Fora Temer”. A vice procuradora declarou que participou do ato como cidadã e não se arrepende. “Eu não posso falar nada? Não posso ter nenhuma liberdade de manifestação?”, questionou.

O marido de Ela, Manoel Lauro Volkmer De Castilho, também pediu exoneração do cargo que ocupava no gabinete do ministro Teori Zavascki do Supremo Tribunal Federal (STF), no início deste mês, ele pediu afastamento depois de endossar um manifesto de apoio à decisão do ex-presidente Lula de recorrer ao Comitê de Direitos Humanos da ONU contra o juiz da Lava Jato, Sergio Moro.

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