Neste dia 29 de agosto, é celebrado o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica. A data é celebrada anualmente no Brasil e foi criada por ativistas brasileiras em 1996, durante o 1º Seminário Nacional de Lésbicas, no Rio de Janeiro (RJ).
Graças a um requerimento do senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos, o Senado Federal promoveu ontem audiência pública para apresentação de três pesquisas sobre violência contra lésbicas no país. O debate, que foi uma parceria com a Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados, destacou a ausência de dados específicos sobre a população lésbica no Brasil numa clara violação de direitos e denunciou a falta de políticas públicas específicas para esse segmento de mulheres.
Não por acaso, logo na abertura da audiência, coube ao senador Paulo Paim reafirmar seu compromisso em fomentar o diálogo sobre a pluralidade e buscar o respeito aos direitos da comunidade lésbica. Paim enfatizou que o número de casos de violência contra lésbicas tem aumentado em nosso país e essa é mais uma razão para darmos um basta à homofobia, lesbofobia e misoginia, que é o ódio às mulheres de uma maneira geral. Infelizmente, a cultura e a educação estão na base do enfrentamento desse desafio.
Para fala sobre o assunto, o Viva Maria falou com a professora e militante Rebecca Religare, mulher negra, feminista e lésbica. Ou seja: uma voz que, mais do que nunca, precisa falar sobre a equidade de gênero.