Zeca – por Cidinha da Silva

Escritora Cidinha da Silva (Foto: Elaine Campos)

Por Cidinha da Silva

O homem montado no quadriciclo engana toda a gente. Fosse um Buarque de Hollanda que nem deve ser de Ogum, diriam que é política, mas é o Zeca, evocam caridade. Dizem também que sua cerveja é coisa de cachaceiro, enquanto o whisky do Vinícius era fineza de diplomata.

Tolos, os que cansados do marketing pessoal celebrativo, minimizam a estratégia do homem. Ele sabe que atrai holofotes e assim chama atenção para o problema das chuvas. Mas as pessoas parecidas com ele, em exercício de carência de ícones alimentam certo fetiche pelo coitadismo, precisam transformá-lo em cidadão comum que por ação individual ajuda o próximo.

Cidadão comum, uma ova, comum é o descamisado, o Zé Povinho, o que é atingido pela inundação do córrego todo ano. Zeca é marca consolidada, é Zeca Pagodinho, nome e sobrenome de vencedor que sabe utilizar a própria imagem para mobilizar a mídia em favor do povo.

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