Aos 17 anos, Mahany Pery conquista o mundo da moda

FONTEPor GILBERTO JÚNIOR, do O Globo 
Mahany Pery para o ELA (Foto: Tiago Chediak)

A modelo Mahany Pery tem menos de um ano de carreira e já é um dos rostos mais conhecidos da cena fashion nacional. Aos 17 anos, contabiliza desfiles para as grifes Osklen, Alexandre Herchcovitch, Lenny Niemeyer, Amapô e Vitorino Campos; campanha para a estilista Helô Rocha; duas capas para o ELA; e uma foto na exposição “Retratos”, que reuniu imagens de mulheres marcantes da história do caderno. Agora, Mahany é apontada pela “Vogue” americana como a nova geração de modelos brasileiras, ao lado de Ari Westphal e Barbara Valente. Para a revista, a menina tem um portfólio impressionante.

— Não esperava mesmo ser apontada como a nova geração de tops do Brasil. Não sei por que fui indicada. Nesta temporada, tiveram outras carecas e negras — diz a novata, com modéstia.

A estreia oficial de Mahany Pery numa semana de moda foi em abril, na edição de verão 2016 da São Paulo Fashion Week. De cara, foi escalada para o desfile da Animale, que passou a apostar em rostos mais frescos há três temporadas.

— Meu coração acelerou, minhas mãos ficaram suadas e cheguei a ficar com a boca seca — recorda. — Comecei numa agência pequena, mas não conseguia trabalho. Fiz um curso de modelos e tentei entrar para duas agências em São Paulo, mas não fiquei em nenhuma. Depois de raspar o cabelo e perder medida no quadril, acabei fechando com a 40 Graus — acrescenta a modelo, natural de São Gonçalo, onde vive até hoje.

A mãe é a maior incentivadora da carreira: estuda quem é quem no mundo da moda, indicando quais os trabalhos que valem a pena para a filha. Com os cachês, Mahany ajuda a família — ela tem quatro irmãos e o pai tem necessidades especiais. O glamour do mundo da moda não a seduz, mas ela não descarta as possibilidades de uma carreira internacional.

— Bolsas Chanel e Prada não fazem a minha cabeça. Minha prioridade é ajudar a minha família. Não vivo um conto de fadas. Cai na realidade há algum tempo. Não podia ficar vivendo no mundo da lua. Mas é claro que eu desejo fazer uma carreira lá fora, embora não sonhe em desfilar para uma marca específica. Gostaria de fazer parte daquele grupo de modelos relevantes que não precisa trocar um desfile por uma bolsa — justifica a new face.

Nos bastidores, Mahany cansa de ouvir que tem um quê de Grace Jones. Os fashionistas mais fervorosos dizem que ela lembra mesmo é a top sul-sudanesa Alek Wek. A modelo não liga e gosta das comparações:

— Estou mais para a Alek. Não vejo cantando como a Grace. Só me vejo fazendo moda. É só isso que sei e quero fazer na vida. Entrei neste universo não entendo nada, sem saber nada. Parecia que eu estava num furacão. E hoje sou apaixonada por tudo.

 

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