A artista Bisa Butler encontrou um meio incomum de homenagear homens e mulheres negros através de sua arte. Ela usa técnicas de quilting para trazer à tona suas imagens e resgatar histórias que foram apagadas pelo racismo.
Do Hypeness
Embora tenha estudado pintura, Bisa deixou os pincéis para se dedicar ao tramado dos quilts tão logo largou a universidade. Ao My Modern Met, a artista contou que sua mãe e avó costumavam costurar diariamente, criando artigos para a casa e roupas. “Elas me ensinaram o poder de ser capaz de fazer coisas para si mesmo”, diz.
Com essa sensação, ela começou a tramar seus retratos em forma de quilt, baseados nas suas memórias familiares. O primeiro passo de cada obra é um desenho detalhado do objeto ou pessoa que pretende retratar.
A partir daí, tem início o trabalho de cortar o tecido para que ele se encaixe neste esboço, o que pode demorar até 200 horas. Só então vem a parte da costura.
A inspiração para escolher esse método surge como uma maneira de honrar a cultura afro-americana. Afinal, segundo ela, o quilting surge para driblar a necessidade de permanecer aquecido em um lugar tão diferente de suas terras natais. É assim que, com poucos recursos, os africanos chegados à América do Norte passaram a costurar colchas com retalhos de tecidos.
Bisa hoje dá um novo sentido à técnica e o resultado é simplesmente impactante. Veja abaixo mais alguns trabalhos da série.
Imagens: Bisa Butler
Os trabalhos de Bisa estarão homenageando essa história em exposição na Claire Oliver Gallery, em Nova York, entre os dias 29 de fevereiro a 18 de abril. Mas, caso uma viagem aos Estados Unidos não esteja dentro dos seus planos, não deixe de acompanhar a artista também através do Instagram.