Aryson Heráclito celebra ancestralidade yorubá na mostra ‘YORÙBÁIANO’

Em cartaz no MAR - Museu de Arte do Rio, a mostra reúne obras feitas a partir de elementos da cultura afro-brasileira

“Yorùbáiano”, de Ayrson Heráclito, reverencia os saberes ancestrais da cultura yorubá (Foto: Divulgação)

O artista baiano Ayrson Heráclito reverencia em suas obras a herança da cultura yorubá. E esse trabalho super poderoso pode ser conferido na mostra “Yorùbáiano”, que ocupa duas galerias do MAR – Museu de Arte do Rio, no RJ.

A exposição pode ser conferida até dezembro, com visitas de quinta a domingo, das 11h às 18h. Os ingressos custam até R$20 e podem ser adquiridos aqui.

Com curadoria de Marcelo Campos, a exibição reúne obras em diversos suportes, como fotografias, vídeos, instalações e objetos, e feitas com elementos muito significativos para as culturas afro-brasileiras, como azeite de dendê, charque, sal e açúcar, além outros temperos, sementes e ervas.

O artista representa a grande reinvenção poética e política de um Brasil yorubano, que carrega em seu sangue heranças e saberes ancestrais. Os yorubas foram algumas das últimas vítimas da diáspora, do sequestro e da escravidão dos povos africanos, trazidos ao nosso país apenas no século 19.

Essa cultura é composta pelos riquíssimos saberes, ritos, visões de mundo e mitologia que até hoje resistem em nossa sociedade – a custo de muita luta! – e deram origem a manifestações afro-brasileiras como o candomblé.

Na mostra “Yorùbáiano”, as obras tratam de temas como a vida e as feridas coloniais, os orixás das religiosidades afro-brasileiras, os sonhos de liberdade, os apartheids, além da dor sentida no corpo dos afrodescendentes até hoje.

A arte de Heráclito é praticamente um exercício de cura e um esforço de para exorcizar as dores e os fantasmas da colonização, que ainda insistem em pautar a nossa sociedade.

Um pouquinho sobre o artista

Nascido em 1968, em Macaúbas, na Bahia, Ayrson Heráclito é artista visual, curador e professor universitário, além de doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP.

Suas instalações, performances, fotografias e obras audiovisuais foram incorporadas aos acervos de importantes instituições culturais no mundo, como o Weltkulturen Museum em Frankfurt, na Alemanha; o MAR – Museu de Arte do Rio; o Museu de Arte Moderna da Bahia; o Videobrasil e a Coleção Itaú, ambos em São Paulo.

Além disso, foi um dos curadores-chefes da 3ª Bienal da Bahia e assinou a curadoria da exposição “História Afro-Atlânticas”, que esteve em cartaz no MASP – Museu de Arte de São Paulo em 2018.

-+=
Sair da versão mobile
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.

Strictly Necessary Cookies

Strictly Necessary Cookie should be enabled at all times so that we can save your preferences for cookie settings.

If you disable this cookie, we will not be able to save your preferences. This means that every time you visit this website you will need to enable or disable cookies again.