Bernie Sanders pede que EUA se posicionem contra impeachment de Dilma

O senador americano Bernie Sanders publicou, nesta segunda-feira (8), um comunicado onde pede que os EUA se posicionem contra o impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff.

Do Brasil Post

“Estou profundamente preocupado com o esforço atual para remover a presidente democraticamente eleita no Brasil, Dilma Rousseff. Para muitos brasileiros e observadores, o controverso processo de impeachment mais parece um golpe de estado.”

Em seu texto, Sanders – que perdeu para Hillary Clinton a candidatura do partido Democrata à presidência – também critica alguns movimentos feitos pelo presidente interino, Michel Temer como a extinção do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos.

O democrata também critica a “substituição de uma administração diversa e representativa por um gabinete composto totalmente por homens brancos”.

“A administração nova, que não foi eleita, rapidamente anunciou planos para impor a austeridade, aumentar a privatização e impor uma agenda social de extrema direita”, prossegue o senador pelo estado de Vermont.

Desde o afastamento de Dilma, em maio, o presidente dos EUA, Barack Obama e seu vice, Joe Biden, vem adotando uma posição cautelosa sobre a situação política no Brasil.

No dia em que o Senado discutia o impeachment, o secretário de Imprensa da Casa Branca, Josh Earnest, afirmou que, embora estejam passando por “um momento difícil”, as instituições brasileiras “maduras, duráveis e democráticas” continuarão recebendo a confiança dos Estados Unidos. E o discurso foi mantido.

Em seu manifesto, Sanders ainda pede que os EUA quebrem o silêncio e solicitem que o Brasil faça novas eleições.

“O esforço para afastar a presidente Rousseff não é um julgamento legal, mas político. Os Estados Unidos não podem ficar sentados em silêncio enquanto as instituições democráticas de um dos nossos mais importantes aliados estão indeterminadas. Nós devemos nos levantar pelas famílias trabalhadoras do Brasil e pedir que essa disputa seja resolvida com eleições democráticas.”

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