Cantora americana Lena Horne morre aos 92 anos

FONTEDo R7
Lena Horne, em 1950 (Foto: AFP/Getty Images)

A cantora americana Lena Horne morreu na noite deste domingo (9) no Hospital Presbiteriano de Nova York, informou a rede CNN nesta segunda-feira (10). Ela estava com 92 anos, mas outros detalhes envolvendo o falecimento da artista, também dançarina e atriz, não foram revelados pela porta-voz do hospital, Gloria Chin.

Lena Horne foi uma das primeiras artistas de origem negra a assinar um grande contrato com um estúdio de Hollywood, ao fechar com a MGM em 1942. Além do talento para atuar e cantar, ela era considerada um símbolo sexual na época, tendo sido ainda precursora ao ser aceita em uma grande banca formada por brancos, algo incomum em tempos de forte racismo nos Estados Unidos.

Apesar de desfilar com desenvoltura pelo mundo dos brancos americanos, Lena jamais fez questão de fazer parte desta sociedade, preferindo se voltar às suas origens negras.

– Eu era única e era o tipo de negra que os brancos podiam aceitar. Eu era o sonho diário deles. Eu tive o pior tipo de aceitação, já que nunca era pelo quão boa eu era ou pelas minhas contribuições, mas pela minha aparência – disse Lena Horne em uma ocasião.

Além de filmes e shows em Hollywood, Lena participou ativamente da cena teatral e musical da Broadway a partir dos anos 50. Embora preservasse a sua vida pessoal longe dos holofotes, a cantora abraçou a luta contra o racismo em meio às suas tentativas de integrar os dois mundos em que estava inserida. A paixão pelo que fazia acabou tornando-a um dos ícones da cultura popular americana das últimas décadas.

Lena Horne vivia uma vida longe do glamour nos anos finais de sua vida e deixa uma filha, Gail Lumet Buckley.

 

 

 

 

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