Capoeiristas acusam SEE de ‘racismo institucional’ e bloqueiam F. Lima

 

Capoeiristas de Alagoas promovem um protesto na manhã desta terça-feira, dia 24, em frente ao Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada (Cepa). Os capoeiristas acusam a Secretaria de Estado da Educação de racismo institucional e classificam a manifestação como ‘revolta do berimbau’. Em entrevista ao Alagoas 24 horas , os manifestantes acusam a diretora de uma escola de impedir a prática e o ensino da capoeira para alunos da rede pública.

Por: Cláudia Galvão e Milton Rodrigues

Segundo o professor de Educação Física Rodrigo Pessoa, as aulas teriam sido impedidas sob a alegação de que os praticantes estariam promovendo ‘rachas’ dentro do Cepa, além do consumo de drogas e prática de sexo. Os capoeiristas, no entanto, afirmam não ter qualquer participação em ilícitos e alega possuir filmagens de que os atos estariam sendo praticados por outros grupos.

Os manifestantes bloquearam a Avenida Fernandes Lima e realizam uma grande roda de capoeira, impedindo o fluxo de veículos no sentido Tabuleiro/Centro. A Federação Alagoana de Capoeira emitiu nota de repúdio afirmando que a capoeira é patrimônio cultural imaterial brasileiro, e classifica o episódio como mais um caso de racismo, discriminação e preconceito institucional.

A reportagem do Alagoas 24 horas entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Educação e foi informada que o órgão está produzindo uma nota oficial, a partir de um relatório elaborado para direção da escola envolvida no episódio e da Polícia Militar. A assessoria informou, ainda, que tudo será avaliado e o grupo de capoeiristas também será ouvido pela secretaria.

A diretora da Escola Afrânio Lages, Marta Santos, se limitou a afirmar que não existe nenhuma projeto de capoeira na grade curricular da unidade de ensino.

Fonte: Alagoas 24 Horas

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