Carnavais negros emocionam no Pelô

A guitarra de Moraes Moreira e seu filho Davi Moraes, no Palco no Largo do Pelô, abriu oficialmente a festa momesca no Circuito Batatinha, Pelourinho, apropriada para o tema do Carnaval deste ano: Guitarra Baiana.

Para delírio dos fãs de todas as idades, Moraes conseguiu estremecer o chão da praça com seu repertório fantástico e também da época dos Novos Baianos como: Chão da Praça, Pombo Correio, Carnaval em cada esquina, Sintonia, Chame Gente, Festa do interior, Preta Pretinha e outras.

O Pelourinho, com o tema “Carnavais Negros”, é um local atrativo de cultura afro onde se formou grandes blocos de fama internacional como o Olodum, que neste ano trouxe o cineasta Spike Lee, os Filhos de Gandhy e Didá (só de mulheres) e de espaços aprazíveis onde rola boa música como os Largos Quincas Berro D´Água, Thereza Batista e Pedro Archanjo, bares e restaurantes com música ao vivo como o restaurante e espaço cultural Cantina da Lua, que pelo segundo ano consecutivo um grupo de amigos e empresários promovem a cantora Gilmelândia para cantar no palco armado no estabelecimento.

No Pelô é comum se ver os sons de todas as tribos: samba, marchinhas, reggae, frevos, xaxados e ritmos marcados pela influência de matrizes africanas. Além disso dá tranquilidade ao folião que optou por um carnaval sem muita aglomeração, porém divertido ao som das canções nos largos apresentadas por cantores renomados da música baiana. E ainda tem as bandinhas nas ruas, com mamulengos, para divertir crianças e adultos, relembrando marchinhas antigas de carnaval.

Nestas atrações, um destaque para o bloco “Para o Ano sai Milhó”, que neste ano completou 49 anos, desfilou na segunda à noite nas centenárias ruas e praças do Pelô, puxando um grupo de pipocas, ao som de um repertório para ninguém botar defeito com marchas antigas e músicas dos consagrados compositores Chico Buarque, Caetano Veloso, Gonzaguinha e outros.

E como ninguém é de ferro, a parada obrigatória escolhida por artistas, jornalistas foi a Cantina da Lua, bar, restaurante e espaço cultural, com pratos variados, onde todos puderam contar com a simpatia do dono que já foi Rei Momo em 2008, Clarindo Silva, muito polemizado, na época, por pesar 58 quilos, o mais magro soberano de todos os tempos.

 

Fonte: Tribuna da Bahia

-+=
Sair da versão mobile