Clubes Sociais Negros serão mapeados em todo o País

 

Os clubes sociais negros existentes no Brasil serão mapeados através de um acordo de cooperação técnica entre o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e Fundação Cultural Palmares (FCP). Um levantamento inicial e preliminar já foi feito pelo Iphan, SEPPIR e FCP e, a partir de agora, o mapeamento será iniciado. Serão realizadas entrevistas com representantes dos clubes para reunir informações sobre a situação dos locais, os sentidos e significados atribuídos a eles, suas áreas de atividades, histórico de atuação, entre outros temas.

O acordo de cooperação prevê a realização de um evento com os representantes dos Clubes Sociais Negros no Brasil, quando será apresentada a proposta de mapeamento e os resultados alcançados. A apresentação também poderá ser feita durante o III Encontro Nacional dos Clubes Sociais Negros, que está sendo organizado, entre outras instituições, pela Fundação Cultural Palmares. O acordo contempla ainda a publicação dos resultados do mapeamento em um livro com um evento para lançamento com a participação dos Clubes Sociais Negros no Brasil e de intelectuais.

A função inicial dos clubes, entre outras, era reunir os negros que não tinham possibilidade de frequentar outros locais. Eram espaços associativos de sociabilidade e lazer para as comunidades. Hoje, é um local de convivência e de preservação das práticas culturais dos afrobrasileiros, assim como espaço de resistência e mobilização do movimento negro. Os Clubes Sociais Negros mais antigos do País em atividade são do século XIX. A estimativa atual é que existam mais de cem clubes, principalmente nos estados das regiões Sul e Sudeste.

O Iphan tem interesse na realização desse mapeamento devido à solicitação de Registro dos Clubes Sociais Negros do Brasil. O pedido foi entregue ao instituto em 2009 pela Comissão Nacional de Clubes Sociais Negros – criada no I Encontro Nacional de Clubes e Sociedades Negras.

Fonte: Brasil.gov

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