A COPA DAS COPAS NO ANO DAS ELEIÇÕES

Por: Maurício Pestana

A abertura a 20ª copa do mundo produziu fatos e imagens que entrarão para história registrando o atual momento político, social e econômico em que vivemos a quatro meses das eleições.

Enterrada de vez a tese de que estádios não estariam prontos, que estrangeiros iriam encontrar um país que mal fala a língua local e que a violência e as manifestações de ruas impediriam o espetáculo, restou aos críticos da realização da Copa encontrar outros artifícios.

As vaias e o slogan direcionado a presidenta Dilma na abertura do evento, muito além do machismo e da falta de respeito com a maior autoridade do país, mostrou o nível que deverá ser a campanha eleitoral deste ano. Por outro lado a cena do jovem black bloc de classe média branca, desmascarado pelo pai que disse pagar a educação na qual ele reivindicava, mostra também a face incoerente de um setor fortalecido por políticas econômicas e sociais da atualidade no qual seus filhos mascarados saem às ruas para criticar.

Paralelo a isso, o sentimento de pequenez daqueles que vez ou outra se deslumbram ao visitar Europa ou Estados Unidos, sonhando um dia viver por lá, mesmo que seja em funções periféricas destinado aos “cucarachas” como são tratados, encontram eco na preconceituosa mídia internacional que da destaque a qualquer mazela dos que eles costumam chamar de periferia do mundo, esquecendo suas próprias desgraças como racismo, xenofobia, separatismo e outros males que já nos conduziram a duas guerras mundiais e ainda pode levar a humanidade a extinção.

Por esses e outros motivos o evento já é vitorioso, independente das manifestações de rua, que por sinal também aconteceram em outros países como África do Sul e até Alemanha, que em seu mundial teve estádio vetado pelo comitê da FIFA. Sem duvidas o sucesso dessa Copa já esta marcada nos corações do público, independentemente do sentimento preconceituoso e de pequenez que paira em uma minoria por aqui.

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