Corumbá sedia encontro sobre anemia falciforme dias 12 e 13

 

 

 

Corumbá sedia nesta quarta e quinta-feira (12 e 13) o II Encontro de Sensibilização sobre Anemia Falciforme. O evento é uma realização da Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria Municipal de Promoção da Cidadania, coordenado pela Gerência de Promoção da Igualdade Racial da Subsecretaria de Ações da Cidadania, em parceira com a Secretaria Executiva de Saúde Pública, como parte das políticas públicas de ações afirmativas desenvolvidas na cidade. A iniciativa celebra a passagem do Dia Nacional de Luta Contra o Racismo, em 13 de maio.

A capacitação em anemia falciforme é destinada a profissionais e gestores da área de saúde e representantes do movimento negro. O encontro está programado para ocorrer na Associação Médica de Corumbá, em atenção à saúde da população afro-descendente corumbaense. Gratuitas, as inscrições podem ser feitas até esta terça-feira na Casa da Cidadania, localizada na Rua 15 de Novembro, em frente à Praça da Independência. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones 3907-5437 ou 9623-2199.

O Curso Básico de Anemia Falciforme será ministrado por Berenice Kikuchi, doutora em enfermagem e especialista em doenças da população negra, diretora técnica do Ambulatório de Enfermagem da Associação de Anemia Falciforme do Estado de São Paulo, e membro do Comitê Interamericano de Anemia Falciforme. A capacitação está dividida em dois módulos. No dia 12, o tema em questão diz respeito aos afro-descendentes: Histórico Sócio-Cultural e Cidadania, das 13h30 às 18h30. O segundo módulo será no dia 13, no mesmo horário, com o tema Anemia Falciforme e Promoção da Saúde.

A anemia falciforme tem origem desconhecida, mas provavelmente desenvolveu-se na África há milhões de anos. Protege as pessoas contra malária, doença comum e séria nos países de clima quente. No Brasil estima-se que três em cada 100 pessoas são portadoras de traço de anemia falciforme e um em cada 500 negros brasileiros nasce com a doença.

Trata-se de uma doença genética e hereditária, causada por anormalidade de hemoglobina dos glóbulos vermelhos do sangue, responsáveis pela retirada do oxigênio dos pulmões, transportando-o para os tecidos. Esses glóbulos vermelhos perdem a forma discóide, enrijecem-se e deformam-se, tomando a forma de “foice”. Os glóbulos deformados, alongados, nem sempre conseguem passar através de pequenos vasos, bloqueando-os e impedindo a circulação do sangue nas áreas ao redor. Como resultado causa dano ao tecido circunvizinho e provoca dor. O curso da doença é variável. Há doentes que apresentam problemas com mais freqüência e outros têm problemas esporádicos de saúde.

Geralmente é durante a segunda metade do primeiro ano de vida de uma criança que aparecem os primeiros sintomas da doença. Exceção é feita nos casos onde o exame de sangue – para detecção da doença – foi realizado já no nascimento ou no berçário. Até atingir a idade escolar é comum a doença se manifestar. A anemia falciforme não deve ser confundida com o traço falciforme. Traço falciforme significa que a pessoa é tão somente portadora da doença, com vida social normal.

Fonte: MS Noticias

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