Dissidente cubano interrompe greve de fome depois de 135 dias

Fariñas iniciou protesto em fevereiro, um dia após morte de outro dissidente.

Decisão foi tomada após anúncio de que 52 presos políticos serão soltos.

 

O dissidente cubano Guillermo Fariñas desistiu nesta quinta-feira (8) da greve de fome que iniciou há 135 dias para pedir a libertação de presos políticos enfermos, depois do anúncio da Igreja Católica de Cuba da libertação de 52 presos políticos, informou à AFP uma líder da dissidência ao regime cubano.

“Fariñas desistiu da greve de fome e sede neste momento”, declarou a dissidente Gisela Delgado, após visitá-lo em um hospital em Santa Clara, onde estava internado na UTI. O marido de Gisela, Héctor Palacios, também está internado no local.

Guillermo Fariña está na UTI desde 11 de março, quando sofreu um choque hipoglicêmico. Ele anunciou seu protesto em 24 de fevereiro, um dia depois da morte do também dissidente Orlando Zapata, após 85 dias de greve de fome.

Garantia

Na quarta-feira (7), o jornalista e psicólogo havia dito que só encerraria sua greve de fome quando pelo menos 12 dos 52 presos políticos que, segundo a Igreja, o governo de Raúl Castro aceitou soltar “estivessem na rua”.

“Sempre disse que, até que soltem os 12 e a Igreja Católica me informe oficialmente, não vou deixar a greve”, disse em conversa telefônica com militantes do grupo Damas de Branco.

“Estou cético”, disse, em conversa ouvida pelos jornalistas. “Até que nossos irmãos estejam na rua, não confiamos nas autoridades.”

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