Dor sobre dor

Passados os 50 anos do golpe militar a coluna 1964+50 segue firme em 2015, mas agora com novo título: VIVOS. Afinal, mortos e desaparecidos estão vivos na nossa memória e na nossa história.

por Fernanda Pompeu ilustração Fernando Carvall Do Nota de Rodape

Flávio Carvalho Molina
Nascimento: 8 de novembro de 1947
Cidade natal: Rio de Janeiro – RJ
Prisão: 6 de novembro de 1971
Cidade final: São Paulo – SP
Causa da morte: tortura

Procurar pelo corpo de Flávio – ex-militante estudantil, ex-integrante do Molipo, Movimento de Libertação Popular – exigiu lágrimas, determinação, lágrimas de seus familiares e amigos. Até que surgiu uma pista no Cemitério Dom Bosco, em Perus, São Paulo. Finalmente seria possível prantear o morto? Não. Começou o triller de terror para a identificação da ossada, em 200 temporadas. Descaso, empurra-empurra, indiferença, ineficácia do Estado. Depois de quinze anos de lengalenga, os restos mortais de Flávio Carvalho Molina foram entregues à família.

Fernanda Pompeu é a mulher do texto Fernando Carvall é o homem da arte

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