Elza Soares é estrela de documentário no Festival do Rio

FONTEPor André Miranda, Do O Globo

Elza Soares olha e fala para a câmera como se visse um espelho, ela própria assumindo o reflexo de um povo por quem é apaixonada e que por ela se apaixonou. A cantora carioca, de 77 anos, é a estrela máxima de “My name is now, Elza Soares”, de Elizabete Martins Campos, documentário em competição pela Première Brasil do Festival do Rio. O filme foi exibido no fim da tarde de sábado, no Cinépolis Lagoon, com a presença da própria Elza, bastante aplaudida pela plateia de convidados logo que entrou na sala.

A sessão foi dupla: antes de “My name is now”, foi exibido o curta-metragem “Diário de novas lembranças”, o primeiro do jovem João Pedro Oct, de apenas 19 anos, e que contou com a narração de Selton Mello. Mas a maior parElza Soares olha e fala para a câmera como se visse um espelho, ela própria assumindo o reflexo de um povo por quem é apaixonada e que por ela se apaixonou. A cantora carioca, de 77 anos, é a estrela máxima de “My name is now, Elza Soares”, de Elizabete Martins Campos, documentário em competição pela Première Brasil do Festival do Rio. O filme foi exibido no fim da tarde de sábado, no Cinépolis Lagoon, com a presença da própria Elza, bastante aplaudida pela plateia de convidados logo que entrou na sala.

A sessão foi dupla: antes de “My name is now”, foi exibido o curta-metragem “Diário de novas lembranças”, o primeiro do jovem João Pedro Oct, de apenas 19 anos, e que contou com a narração de Selton Mello. Mas a maior parte do público estava no cinema mesmo para ver e ouvir Elza Soares. No pequeno palco montado no cinema, a diretora Elizabete Martins Campos, estreante em longas-metragens, chamou a cantora de “fênix” e explicou que o projeto não é sobre a vida de Elza, mas sim “sobre o que ela está vivendo”.

Elza também falou antes do filme, com o jeito descontraído e sincero a que os fãs estão acostumados.

– Quando conheci a Bebete (a diretora Elizabete), disse que não queria falar de dor e sofrimento no filme. Queria falar de vida – afirmou Elza. – Hoje eu me namoro. Estou apaixonada por mim, não sei por que não casei comigo mesma. Se eu soubesse que era tão gostosa, tão boa, não teria me dividido com ninguém.

No documentário, Elza aparece em closes, contando histórias, cantando ou até brincando de espalhar o batom em torno de seus lábios. “My name is now” privilegia as imagens e os sons, evitando sequências didáticas que expliquem a trajetória da cantora. Aprende-se, sim, sobre sua história no filme, mas sem linearidade. Por exemplo, ao tratar da importância de Garrincha para a vida da cantora, o documentário mostra cenas do jogador em campo, recortes de revistas com notícias sobre o casal-celebridade e algumas fotos dos dois juntos. Foi incluído, ainda, um filme de Elza cantando “Linda Flor (Ai, Yô Yô)”, ao lado de Garrincha.

As músicas interpretadas por Elza, aliás, está presente em todo o filme. Ela entoa canções como “Se acaso você chegasse”, “Volta por cima” e “A carne”. Ela também aparece em situações tão diferentes quanto complementares: num momento está no colorido do desfile de carnaval da Mocidade Independente de Padre Miguel (Elza já foi puxadora e também madrinha da escola); noutro, aparece numa íntima sessão de massagem em cima de uma cama, com direito a um massagista sarado sem camisa.

Sobre o título do documentário, coube à própria Elza explicar, falando para a câmera-espelho de Elizabete Martins Campos: “Tudo meu é agora. Parece que nasci agora. Por isso digo que my name is now”.
te do público estava no cinema mesmo para ver e ouvir Elza Soares. No pequeno palco montado no cinema, a diretora Elizabete Martins Campos, estreante em longas-metragens, chamou a cantora de “fênix” e explicou que o projeto não é sobre a vida de Elza, mas sim “sobre o que ela está vivendo”.

Elza também falou antes do filme, com o jeito descontraído e sincero a que os fãs estão acostumados.

– Quando conheci a Bebete (a diretora Elizabete), disse que não queria falar de dor e sofrimento no filme. Queria falar de vida – afirmou Elza. – Hoje eu me namoro. Estou apaixonada por mim, não sei por que não casei comigo mesma. Se eu soubesse que era tão gostosa, tão boa, não teria me dividido com ninguém.

No documentário, Elza aparece em closes, contando histórias, cantando ou até brincando de espalhar o batom em torno de seus lábios. “My name is now” privilegia as imagens e os sons, evitando sequências didáticas que expliquem a trajetória da cantora. Aprende-se, sim, sobre sua história no filme, mas sem linearidade. Por exemplo, ao tratar da importância de Garrincha para a vida da cantora, o documentário mostra cenas do jogador em campo, recortes de revistas com notícias sobre o casal-celebridade e algumas fotos dos dois juntos. Foi incluído, ainda, um filme de Elza cantando “Linda Flor (Ai, Yô Yô)”, ao lado de Garrincha.

As músicas interpretadas por Elza, aliás, está presente em todo o filme. Ela entoa canções como “Se acaso você chegasse”, “Volta por cima” e “A carne”. Ela também aparece em situações tão diferentes quanto complementares: num momento está no colorido do desfile de carnaval da Mocidade Independente de Padre Miguel (Elza já foi puxadora e também madrinha da escola); noutro, aparece numa íntima sessão de massagem em cima de uma cama, com direito a um massagista sarado sem camisa.

Sobre o título do documentário, coube à própria Elza explicar, falando para a câmera-espelho de Elizabete Martins Campos: “Tudo meu é agora. Parece que nasci agora. Por isso digo que my name is now”.

 

 

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