Em meio a crise orçamentária, Obama abrirá mão de 5% do salário

Larry Downing / AFP via Getty Images

Presidente dos EUA devolverá US$ 20 mil dos US$ 400 mil que ganha no ano

 

WASHINGTON, EUA – Compartilhando um pouco das “dores orçamentárias” provocadas pela falta de acordo entre democratas e republicanos para evitar o abismo fiscal, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, irá abrir mão, mensalmente de 5% de seu salário, afirmou nesta quarta-feira um funcionário da Casa Branca

O salário do presidente é de US$ 400 mil por ano, o equivalente a US$ 33 mil por mês. O percentual que será devolvido ao Tesouro americano equivale a US$ 20 mil no ano, ou US$ 1,6 mil por mês. A devolução será retroativa a 1º de março valerá durante todo o ano.
O percentual que será adotado por Obama é o mesmo que os funcionários das agências governamentais foram obrigados a aceitar quando os cortes automáticos de US$ 85 bilhões nos programas do governo entraram em vigor, no começo do mês passado.

Se o Congresso não alcançar um acordo sobre como desfazer os cortes, centenas de milhares de trabalhadores podem ser forçados a tirar licenças sem vencimentos. A redução nos gastos do governo foi parte de um conjunto de medidas para redução do déficit americano, tomadas em 2011.

Novos cortes de salários não estão descartados
A expectativa era que os legisladores encontrassem maneiras eficazes de reduzir os gastos do governo e ajudar a cortar US$ 1 trilhão do déficit, que já ultrapassou US$ 16 trilhões, mas democratas e republicanos não concordaram com o que deveria ser alvo de cortes.
Na terça-feira, o secretário de Defesa, Chuck Hagel, anunciou que cortará o próprio salário no valor equivalente a 14 dias de pagamento – o mesmo sacrifício que seus funcionários civis serão obrigados a fazer. Até 700 mil civis terão que tirar um dia por semana sem salário nos próximos meses.

A Casa Branca anunciou, após semanas sem detalhar como a equipe do presidente seria afetada, que 480 trabalhadores foram notificados de que poderão ter que tirar dias de licença sem pagamento. O secretário de imprensa de Obama, Jay Carney, não descartou a possibilidade de mais reduções de salários se não houver acordo no Congresso para reverter os cortes orçamentários.

— Todos na Casa Branca estão lidando com as consequências, muitos até em suas próprias vidas pessoais, mas é assim que nós trabalhamos aqui — disse Carney.

Ele acrescentou que a administração também está tentando cortar custos desacelerando as contratações, reduzindo compras de insumos, cortando viagens da equipe e revisando contratos em busca de opções para economizar.

 

Fonte: O Globo 

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