A emocionante estreia de Emicida na SPFW

Com sua marca LAB, o rapper levantou a bandeira da diversidade

Por Maria Rita Alonso e Anna Rombino Do Estadão

Acabou emocionante o segundo dia de desfiles da São Paulo Fashion Week. Marca estreante na semana, a LAB, dos rappers Emicida e Evandro Fióti, trouxe atitude, diversidade, música boa e, sobretudo, uma moda autêntica para a passarela. Era o que faltava para o evento. Com uma entrada triunfante, Emicida surgiu cantando a trilha feita especialmente para o desfile. Na passarela, a maioria dos modelos eram negros. Alguns eram gordos. Uns tinham impressionantes cabelos black power, enquanto outros apareceram quase carecas. Incluindo as meninas. Havia uma fúria na maneira de desfilar e uma postura altiva. O músico Seu Jorge participou do desfile vestindo uma saia longa plissada e um moletom. O look resumiu bem o tom da coleção. “Sou uma mistura de referências muito bagunçada”, diz Emicida. “Partimos da inspiração de um samurai negro, o Yasuke. Mas o rap está bem representado nas criações. A essência da marca ‘é nóis’”.

Em parceria com o estilista João Pimenta, os músicos investiram em estampas gráficas, peças amplas e estruturadas, quimonos e casacos com ombreiras. Capuz e golas exageradas arrematavam as produções. As calças não ficaram no meio termo. Eram amplas pantalonas ou leggins justinhas. A cartela de cores manteve-se no preto, no branco e no vermelho, dando ainda mais classe às roupas. No final, Emicida deu um show na tenda armada para o evento, no Parque do Ibirapuera.

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