Escolas da rede estadual do Rio abrem oportunidades no ensino de idiomas

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Com o objetivo de capacitar os alunos para o mercado de trabalho, escolas da rede estadual de ensino passaram a oferecer um diferencial: cursos de idioma de países do Ocidente e Oriente. O árabe, o turco e o mandarim estão disponíveis desde o ano passado, e despertam o interesse de muitos jovens. As aulas, que têm um ano e meio de duração, são eletivas para que os alunos aprendam o básico.

Do Correio do Brasil

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Desde o começo do ano, o Colégio Estadual Prefeito Mendes de Moraes, na Ilha do Governador, passou a incluir aula de árabe na grade curricular. O projeto é uma parceria com a Fundação de Qatar Internacional e passou a ser encarado pela turma como uma possibilidade de crescimento profissional.

– Vou estar um passo à frente na hora de procurar emprego – disse a estudante Nathalia Ramos, de 17 anos.

Filha de um paquistanês, a adolescente Shakila de Souza Ahmad, de 16 anos, já tinha familiaridade com a cultura árabe.

– Meu sonho é ler o Alcorão em árabe. Meu pai está orgulhoso – disse Shakila.

Como recurso pedagógico, a professora Salam Naser Zidan recorre a vídeos e músicas. Recentemente, quatro alunos participaram de um congresso no Qatar. O grupo viajou na companhia do diretor da escola, Marcos Madeira.

– Fiquei surpreso com a procura pelo idioma no colégio. Temos até fila de espera. Vamos tentar abrir novas turmas ano que vem – afirmou o diretor.

Capacitação é um incentivo para a carreira

No Colégio Infante Dom Henrique, em Copacabana, alunos do curso Técnico em Hospedagem recebem aulas de turco e mandarim desde o ano passado. A iniciativa é fruto de uma parceria com o Instituto Confucius e o consulado da Turquia. Todo material didático foi doado pelas entidades.

De acordo com a coordenadora pedagógica Kátia Lisboa, a iniciativa tem como objetivo proporcionar uma capacitação mais completa destes jovens, que futuramente estarão trabalhando com o mercado de turismo.
Professores nativos

– Este curso é um incentivo para a carreira. O aprendizado da língua é o diferencial – disse a coordenadora.

Fluente em inglês e espanhol, a estudante Laís de Oliveira, de 18 anos, investe no mandarim e no turco. Em outubro, ela vai viajar para a China, onde vai representar o Brasil em um evento cultural.

– O mandarim é uma língua importante, pois a China vem se destacando mundialmente – disse a jovem.

O fato de os professores serem nativos é outro destaque da parceria. O chinês Ângelo Yin é o professor da turma de mandarim.

– Não é fácil ensinar línguas, mas os alunos têm se mostrado aplicados e dedicados – afirmou o professor.

 

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