Frei David: ano perdido para a comunidade negra no Legislativo

De acordo com Frei David Raimundo dos Santos, diretor executivo do projeto Educação e Cidadania de Afrodescendentes (Educafro), “2011 foi um ano infrutífero, quase perdido” na Câmara para a comunidade negra. “O que avançou a partir das nossas denuncias sobre o extermínio da juventude negra?”, questiona.

Outro tema que “não andou”, segundo Frei David, foi o plano de inclusão de negros e mulheres nos bancos particulares do Brasil, reivindicação da comunidade negra em debate na Casa desde 2005. Ele afirma que “a Febraban [Federação Brasileira de Bancos] fez um bonito trabalho teórico, mas não o executou na prática até hoje”. E acrescenta: “A Câmara ficou de cobrar e nada foi feito”.

Para o ano que vem, essa demanda vai continuar na pauta, antecipa o religioso. “Em 2012, a Educafro vai agir para valer, exigindo que a Câmara cumpra sua missão de proteger e defender os mais desamparados da sociedade”, ressalta.

A inclusão do quesito cor/raça nos levantamentos sobre trabalho e emprego para determinar a proporção de negros no serviço público constitui outro item na lista de demandas do movimento para o ano que vem, afirma Frei David.

Reportagem – Maria Neves

Edição – Marcelo Westphalem

 

 

Fonte: Jornal Câmara

-+=
Sair da versão mobile