Gaby Amarantos fala sobre racismo: ‘Aperta o coração’

Caio Kenji/G1

Única mulher negra no sofá do “Saia justa”, do GNT, Gaby Amarantos tem consciência e sabe da importância do papel que assume. Por isso, não esconde que rola uma pressão.

Do Extra 

Foto: Caio Kenji/G1

“Tem a pressão de ser pessoa pública que fala alguma coisa que pode se tornar um absurdo. Não é só o sofá, mas o mundo, o planeta. É legal, porque a gente tem que ver o que vai falar, que não vamos normalizar preconceito, não estamos mais na década 80 que fazíamos piadas com negro, índio, gay era legal… As coisas mudaram. Estamos vivendo uma fase de transformação. Ali no ‘Saia justa’ eu estou entre mulheres que me acolhem e me respeitam. Mas elas sabem que às vezes tem coisas que eu estou falando que, por mais que elas queiram, elas não vão entender porque são todas mulheres brancas”, diz Gaby em entrevista a youtuber Jout Jout.

A dor do racismo é um exemplo.

“O racismo é uma parada tão foda, que te aperta o coração. É um trauma. Já sofri um acidente de carro e a fatalidade do racismo. O racismo é pior. Dói tanto. Só que não tem ferimentos aparente. Não tem braço que quebrou. Foi seu coração, cara. Eu sou uma pessoa pública, as pessoas acham que a gente não passa isso. Eu falo sobre racismo, porque se eu que sou artista passa por isso, imagina a mulher preta da periferia?”

A cantora aproveitou para deixar uma mensagem aos espectadores, dispensando qualquer fala considerada um “mi mi mi”.

“Eu vivi com o racismo a minha vida inteira, não queria, mas tive que aprender, então vão ter que aprender a me ouvir”.

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