Glória Maria faz aniversário: “Não queria uma cara nem uma bunda melhor”

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(Foto: Henrique Porto/G1)

Em entrevista ao portal iG, a jornalista,e atual apresentadora do Globo Repórter Gloria Maria que faz aniversário nesta quinta-feira (15), lista as 10 coisas que aprendeu com a vida, fala sobre a satisfação com o corpo, a maternidade, o preconceito e faz mistério sobre a idade. “Só digo que não nasci em 1949, como está publicado em alguns lugares”.

“A minha idade eu não digo para não perder o mistério. Só digo que não nasci em 1949, como está publicado em alguns lugares. E nem na Bahia. Sou carioca de Vila Isabel”, esclareceGlória Maria , que faz aniversário nesta quinta-feira (15). Jornalista presente nas mais importantes coberturas do Brasil e do Mundo, Glória está no comando do “Globo Repórter” e logo mais uma matéria especial que a apresentadora gravou no Nepal com o elenco da novela “Joia Rara” vai mostrar sua faceta mais aventureira. “Subi o Himalaia e fui ao mais alto mosteiro budista”, contou ela, que também irá dividir a apresentação do Criança Esperança, no dia 31 de agosto.

Em comemoração ao seu aniversário, Glória listou a pedido do iG 10 coisas que aprendeu com a vida. Mãe de Maria , de 5 anos, e Laura , de 4, irmãs que adotou em 2009, ela fala sobre os aprendizados da maternidade, o preconceito e o belo corpo, que conquistou com muita disciplina e mantém com aulas de pilates.

1. A coisa mais importante que aprendi com a vida é que o tempo te faz aprender, mas não necessariamente te faz reconhecer os erros, porque a gente continua errando igual.

2. O sentimento, tanto faz de amor ou amizade, também é muito relativo, proporcionalmente direto ao momento, à necessidade do momento. Não existe nada definitivo. A vida me mostrou que viver é um ato de transformação. Se você é mais inteligente, leva meses ou anos para se transformar.

3. Não adianta tentar controlar o tempo, a gente tem que se deixar levar. A vida tem o ritmo dela e a gente tem de respeitar.

4. Também percebi que há dois caminhos na vida: você pode ser do bem ou do mal, a escolha é sua. Ser do mal é bem mais fácil. Por isso tem tanta guerra e tanta energia ruim no mundo, como a inveja, o preconceito.

5. Nada é mais importante do que ser livre de verdade. Claro que a gente tem que aceitar os códigos sociais do mundo. Falo de uma liberdade interior, que não é pra vender, não precisa ficar propagando. Eu conquistei isso: minha alma é livre, ninguém a aprisiona.

6. Para se atingir um objetivo, aprendi com o budismo que é preciso camihar um passo depois do outro e prestar atenção no caminho e não em onde se quer chegar. Vivi isso quando fui para a Índia e levo esse ensinamento comigo até hoje.

7. Aprendi a ser solidária. Você tem que olhar para o outro! Sei que é uma babaquice, mas se você não pode ajudar, não machuque ninguém, porque ninguém está sozinho nesse planeta. Sem compaixão e solidariedade você está perdido.

8. Não adianta ficar querendo mostrar para as pessoas que elas não podem ter preconceito, discriminação. A gente não muda as pessoas com teorias. Senão, as leis resolveriam, ninguém mataria, roubaria. O que tem que fazer é exigir o respeito, o resto é da alma, do caráter e da vivência de cada um. Levei uma vida inteira de sofrimento e porrada para aprender que a pessoa tem ou não tem preconceito. Ela pode até fingir, mas não consegue se livrar daquilo.

9. A vida me ensinou que a maternidade nos torna muito melhor se entendemos o que é ser mãe. Botar filho no mundo não muda ninguém. Você só alcança a grandeza da maternidade quando entende que é responsável pela alma de outro ser humano. A comida, a roupa e a educação não precisa ser mãe para dar. Mas você é responsável pelo sentimento, pela emoção daquele ser humano. E para fazer um ser humano melhor é preciso melhorar a si mesmo. A maternidade talvez tenha sido o maior .

10. Aprendi que o corpo é o reflexo daquilo que você é. Sou muito feliz com meu corpo, graças a Deus. Não tenho corpo de alguém de quinze anos, mas tenho corpo de uma mulher de bem com o mundo. Não queria uma cara nem uma bunda melhor. Queria ser exatamente como estou hoje. Acho que o tempo tem sido – não digo generoso porque ele não me deu nada, foi tudo uma conquista -, mas a gente tem tido uma negociação absolutamente maravilhosa. Não posso reclamar do tempo. Só posso agradecer a ele.

 

 

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