Juliana Alves fala sobre preconceito a revista: ‘Me sentia inadequada’

Juliana Alves posou deslumbrante para a capa da revista “GOL Linhas Aéreas Inteligentes” de fevereiro deste ano e falou, durante entrevista, sobre questões envolvendo a batalha contra o racismo, em que é considerada porta-voz, e autoaceitação.

por: Guilherme Campos no Correio do Sul

A rainha de bateria da Unidos da Tijuca opiniou sobre a conquista do negro na área do entretenimento e elegeu as atrizes que serviram de referência para sua carreira. “É muito importante que o negro se veja na TV, no teatro, no cinema. Eu tive algumas referências, como [as atrizes] Zezé Motta e Taís Araújo. Mas não havia bonecas negras na minha infância”, contou.

“A criança não nasce racista, ela reproduz o que vê. Minha família sempre teve autoestima bem cuidada. Mas vivi situações em que, mesmo sem entender o que se passava, me sentia inadequada por uma questão visual”, acrescentou a atriz, de 34 anos, atualmente na novela das seis “Sol Nascente”.

Juliana explicou ainda a importância da sua militância em causas sociais: “Acredito que o artista é um ser crítico. Não gosto de ser omissa em nenhuma situação. Antes mesmo de me tornar conhecida já participava de movimentos sociais, tinha interesse em fazer com que o meu grupo fosse representado. Então por que é que quando as pessoas estão atentas ao que falo eu não deveria me manifestar?”

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