Manifestações livres sobre qualquer assunto – Neymar é, literalmente, a bola da vez

Por Leno F. Silva

 

Neymar é, literalmente, a bola da vez. Depois de muitas idas e vindas ele foi vendido para o Barcelona e se transformou em um produto de aceitação global.

O Santos não teve condição financeira para bancar a oferta do clube espanhol e, com isso, perdeu sua estrela maior, mas ganhou dinheiro suficiente para remontar o escrete, inclusive contratando um  novo técnico, visto que o Muricy Ramalho foi demitido por telefone.

Pelo menos até o final da Copa da FIFA de 2014 o ex-craque do Peixe terá todas as chances para rentabilizar o seu valor de mercado através de dezenas de contratos de publicidade, fazendo papéis de garoto propaganda de produtos tão distintos quanto carro, banco, celular, cerveja, lancha, TV de plasma, cocada, pipoca e tantos outros. Afinal, uma imagem reconhecida pode vender de tudo.

Não  obstante ao talento nato desse jovem atleta, sou radicalmente contrário à supervalorização bancada pelas empresas patrocinadoras, clubes de futebol e pela mídia. Futebol se joga em equipe. Nenhum goleador faz nada sozinho e, por isso, é necessária a valorização de todo o time.

Mas será que os cartolas do Santos usarão parte do dinheiro que receberam para pagar melhores salários aos seus jogadores remanescentes, investir nas categorias de base e na descoberta de novos talentos? Só o tempo irá demonstrar se a força da grana trará de volta a qualidade técnica, as vitórias e os títulos à gloriosa equipe da baixada santista.

Bem orientado pelo pai, seu empresário, Neymar chegou à Espanha com humildade, declarando que a sua missão é ajudar ao Lionel Messi. Além de uma manifestação sensata, ela diminuiu, nesse primeiro momento, a pressão que ele terá de si próprio, do time, dos patrocinadores, da torcida e dos veículos de comunicação.

Boa sorte ao garoto na terra das castanholas. Já pai precoce e que sabe bem lidar com a pelota, tomara aprenda rápido a bailar por aqueles gramados para fazer o que sabe tão bem: driblar e marcar gols. Pois, se isso não ocorrer em um tempo razoável, o mercado será implacável e, rapidamente, procurará outro produto para substituí-lo. Mas, até lá, certamente a lucratividade do negócio fechado com tanta empolgação estará garantida para o seleto núcleo de envolvidos e beneficiados diretamente. Por aqui, fico. Até a próxima.

 

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