Morre aos 80 anos Abbey Lincoln, a última grande dama do jazz

FONTEDo G1
Abbey Lincoln (Foto: Chester Higgins Jr./The New York Times)

A cantora e compositora de jazz americana Abbey Lincoln, conhecida por seu ativismo político e seu compromisso com as minorias, morreu neste sábado (14), aos 80 anos, em Nova York, informou seu irmão à imprensa local.

Segundo o jornal “The New York Times”, o irmão da última grande dama do jazz, David Wooldridge, confirmou que a cantora morreu em Manhattan.

As causas de sua morte não foram reveladas, embora Lincoln Abbey tivesse a saúde delicada desde que foi operada do coração em 2007.

A cantora foi personagem controvertido por seu compromisso com os direitos humanos e raciais nos anos 60 nos Estados Unidos. Nessa época teve sucesso também no cinema, e, depois, se aposentou. Mas ela reapareceu com força na década de 1990 como cantora, compositora e líder espiritual.

Abbey contracenou com Ivan Dixon, em 1964, no drama racial “Nothing but a man” e com Sydney Poitier, em 1968, em “Um homem para Ivy”.

Sua música foi derivando desde os experimentos mais estridentes e rupturistas do africanismo militante rumo a um repertório predominantemente de baladas, com uma doce suavidade inspirada em Billie Holiday.

Entre seus últimos discos estão “The world is falling down” (1990), “Devil’s got your tongue” (1993), “A turtle’s dream” (1995) e “Who used to dance” (1996).

A cantora nasceu Anna Marie Wooldridge em Chicago, no dia 6 de agosto de 1930, e cresceu na área rural de Michigan como a décima filha de uma família de 12 crianças.

Atraída desde jovem pela música se mudou para Los Angeles aos 19 anos, onde começou sua carreira. Seu último disco, “Abbey sings Abbey”, foi gravado em 2007, aos 77 anos.

 

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