Mortalidade por câncer cai drasticamente nos EUA

A mortalidade por câncer caiu ininterruptamente durante 20 anos, informou a Sociedade Americana contra o Câncer (ACS)

 

Inscrição “Mate o Câncer” no asfalto: negros americanos continuam registrando maior incidência de câncer e morte provocada por esta doença entre todos os grupos étnicos

O risco de morrer de câncer nos Estados Unidos caiu 20% em 20 anos, o que reflete uma prevenção maior e avanços no tratamento da doença, segundo o último relatório da Sociedade Americana contra o Câncer (ACS), difundido nesta terça-feira.

 

A mortalidade por câncer caiu ininterruptamente durante esse período, informou a ACS, destacando que os maiores avanços ocorreram em homens adultos negros. Neste grupo, a taxa de mortalidade por câncer caiu cerca de 50%.

Mas apesar destes feitos impressionantes, os negros americanos continuam registrando a maior incidência de câncer e morte provocada por esta doença entre todos os grupos étnicos e este grupo registra o dobro dos casos com relação aos asiáticos, os menos afetados.

De 2006 a 2010, últimas estatísticas disponíveis, a incidência de câncer diminuiu 0,6% ao ano entre os homens e permaneceu estável entre as mulheres. A taxa de mortalidade com esta doença, no entanto, caiu 1,8% ao ano entre os homens e 1,4% entre as mulheres.

A taxa combinada de mortalidade por câncer caiu nas últimas duas décadas para passar de um nível máximo de 215,1 para cada 100.000 habitantes em 1991 a 171,8 para cada 100.000 em 2010, segundo a ACS.

Essa diminuição de 2% se traduz em 1,34 milhão de mortes evitadas (952.700 homens e 387.700 mulheres) durante este período.

No entanto, a magnitude dessa redução varia significativamente de acordo com a idade, a origem étnica e o sexo dos doentes, passando de uma taxa de mortalidade que continua imutável entre mulheres brancas de 80 anos para uma queda de 55% entre homens negros de 40 a 49 anos.

“O progresso que estamos vendo é excelente e inclusive excepcional, mas podemos e devemos torná-lo melhor”, disse John Seffrin, presidente da ACS.

“A redução à metade do risco de morte entre os homens negros de 40 a 49 anos em apenas duas décadas é algo extraordinário”, destacou, mesmo tendo ressaltado que “a taxa de mortalidade com esta doença continua sendo mais alta entre os negros do que entre os brancos em quase todos os principais tipos de câncer”.

Segundo o relatório, “essa disparidade racial na sobrevivência é explicada sobretudo pelas diferenças de tratamento no momento do diagnóstico”

 

 

Fonte: Exame

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