Mostra Sesc de Cinema homenageia Adélia Sampaio, 1ª diretora negra do Brasil

Foto: Gustavo Miranda / Agência O Globo

Com início em 2 de novembro, em Paraty, terceira edição do festival itinerante exibe 42 filmes de todo o país

Por Nelson Gobbi, do O Globo

Adélia Sampaio (Foto: Gustavo Miranda/Agência O Globo)

A partir do dia 2 de novembro, a terceira edição da Mostra Sesc de Cinema vai exibir 42 filmes, entre longas, médias e curtas-metragens, selecionados nas cinco regiões do país. Pela primeira vez, o festival itinerante terá seu início em Paraty, e de lá seguirá para outras cidades do país, até 15 de dezembro.

A homenageada deste ano será a cineasta Adélia Sampaio, a primeira mulher negra a dirigir um longa-metragem no Brasil : “Amor maldito” (1984) será exibido às 18h30, no dia 3, seguido de debate com a diretora.

Divididos entre 32 filmes do Panorama Brasil e 10 do Panorama infanto-juvenil, as obras foram selecionadas pelas curadorias das equipes do Sesc em cada estado, a partir de mais de 1.200 inscrições.

Além das produções selecionadas, a mostra vai exibir filmes exibidos no circuito comercial, como “Bacurau” (Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles), “Rainha Nzinga chegou” (Junia Torres) e “Mata Negra” (Rodrigo Aragão).

As sessões serão feitas na unidade Sesc Santa Rita e no Cinema da Praça, o único da cidade, que foi reformado e reinaugurado em julho deste ano, após 45 anos fechado, a tempo da Festa Literária de Paraty (Flip).

‘Aberto a todas as propostas’

Os filmes de diferentes regiões abordam vários temas, da distopia teocrática no longa paranaense “A besta pop” à resistência cultural do curta matogrossense “Quilombo Mata-Cavalo”. Já quiestões do universo LGBT estão no longa paulista “Fabiana”, no média carioca “Jéssika” e no média matogrossense “Majur”.

— O Sesc está aberto a todas as propostas e sempre avaliado a qualidade técnica e a pertinência das obras inscritas — observa Lucia Prado, diretora de Programa Sociais do Sesc. — O objetivo é garantir a diversidade ao máximo, seja ela regional ou de propostas.

Para Marcos Rego, gerente de Cultura da instituição, o que é selecionado pela curadoria é a ponta de um processo que envolve um planejamento para os próximos anos:

— O papel da curadoria é ouvir o que está vindo. Não sugerimos temas, mas quando constamos que existe uma determinada produção, uma expressão de diferentes segmentos da sociedade, nos colocamos abertos a entender melhor e trabalhar estes diferentes aspectos.

-+=
Sair da versão mobile