Mulher: Bancárias negras sofrem com a discriminação

O peso do racismo e as intensas desigualdades raciais permanecem nos bancos.

Do Bancarios de Curitiba

As mulheres negras sofrem com a dupla discriminação: de gênero e raça. Elas são sub-representadas nos bancos, principalmente quando comparado os dados da PEA (População Economicamente Ativa). É o que mostram os dados acima, do primeiro Censo da Diversidade (no segundo censo, os bancos omitiram essa informação).
O peso do racismo e as intensas desigualdades raciais permanecem, pois a população negra é a que mais sofre com o desemprego, e quando empregadas permanecem em posições mais desprotegidas e mais precárias e, mesmo equalizando a escolaridade, continuam em desvantagens. No setor bancário não é diferente, por isso é urgente a elaboração e implementação de medidas e eficazes de combate à discriminação no acesso, especialmente das mulheres negras.
Todos ganham com ambiente de trabalho mais democrático
A contratação de 20% de negros(as) faz parte na minuta de reivindicação da categoria bancária, que os bancos se negam a discutir e convencionar, o que exige do movimento sindical bancário mobilizações e ações em conjunto com o movimento negro brasileiro.
Um bom exemplo disso é o Programa Pró-Equidade de Gênero, que pode contribuir com o combate às discriminações. O programa, criado em 2005 pela Secretaria de Política para as Mulheres da Presidência da República, consiste atualmente na distribuição de um selo para as empresas que conseguem formular e aplicar políticas de igualdade.
São coletados dados do corpo de trabalhadores, posteriormente entregues com o plano de ação para enfrentar a desigualdade. A execução do plano é de 12 meses e, se aprovado, a empresa recebe o selo. Somente os bancos públicos aderiram ao programa.
O objetivo é promover fortemente a igualdade dentro das ações de diversidade e responsabilidade social, incorporar as metas do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça em planejamento estratégico e incluir acordos coletivos e metas do programa nas discussões sobre mudanças das relações de trabalho.
Desde a última Campanha Nacional, o movimento sindical reivindica que os bancos privados também façam a adesão ao programa. Para que se possa somar com outras ações na promoção de mais mulheres nos postos de trabalho, mais mulheres em cargos de direção, mais mulheres negras em todos os níveis e menor diferença de salários entre mulheres e homens.
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