Nigéria exorta CNT a cessar massacre de cidadãos da África

Lagos, Nigéria – A Nigéria exortou as autoridades de transição na Líbia a cessar o massacre dos cidadãos sub-sarianos, na sequência de informações chocantes de que estes últimos são visados pelos combatantes do Conselho Nacional de Transição (CNT) que os detêm, torturam e matam.

Num comunicado divulgado quinta-feira na capital, Abuja, o Ministério dos Negócios Estrangeiros qualificou de “preocupante” o rumo reservado aos Africanos Subsaharianos, que são principalmente trabalhadores imigrados.

A Nigéria faz parte dos primeiros países africanos a reconhecer o CNT, o que não impediu os rebeldes de visar os Nigerianos e os outros cidadãos da África negra.

Reiterando o seu apoio aos rebeldes, a Nigéria convidou os dirigentes a controlar os excessos das suas tropas.

Informações revelam assassinatos, violações e extorsões de dinheiro de que são vítimas Africanos sem defesa refugiados em campos, bem como os que estão detidos.

“Esta situação é contrária ao desejo exprimido pelo Conselho Nacional de Transição, pela União Africana e pelas Nações Unidas para o restabelecimento da democracia e da boa governação na Líbia”, sublinha o comunicado.

O Governo nigeriano considera que estas execuções extrajudiciais contrariam o apelo da Nigéria aos dirigentes do CNT a ser magnânimos na vitória.

« Ao confirmar que as preocupações do Governo nigeriano sobre estes desenvolvimentos na Líbia foram reveladas urgentemente aos representantes do CNT, o Governo aproveita novamente esta ocasião para apelar aos dirigentes do CNT a tomar imediatamente medidas para controlar os excessos destes elementos sem escrúpulos na Líbia, para restabelecer uma verdadeira democracia e uma verdadeira reconciliação », sublinha o comunicado.

Além disso, a Nigéria explica porque reconheceu rapidamente o CNT, indicando que o interesse nacional, incluindo a segurança dos seus cidadãos que vivem na Líbia, tinha motivado a sua decisão.

« Antes de tomar a decisão de reconhecer o CNT, tomamos vários elementos em consideração. Identificamo-nos com o povo líbio que luta pela democracia e e luta pela boa governação é em todo o mundo », declarou o ministro nigeriano dos Negócios Estrangeiros, Olugbenga Ashiru.

O Governo nigeriano foi criticado por se ter apressado a reconhecer os rebeldes líbios, sobretudo porque a UA ainda não o fez.

 

Fonte: Angola Press

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