‘No Brasil, ser negro tem peso maior que ser gay’

Gay declarado, o rapper paulistano Rico Dalasam enfrentou diversos preconceitos na vida – como a homossexualidade e a raça – e diz que a questão da orientação sexual é menos problemática no País do que a cor da pele.

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“A gente sabe que, no Brasil, ser negro tem um peso muito maior do que ser gay”, enfatiza o rapper, destacando que “as pessoas estão muito mais armadas” contra negros por causa do racismo estrutural no país. “Às vezes o racismo é tão implícito e subjetivo que as pessoas nem percebem. Elas me acham interessante por eu ser gay e cantar rap, mas se eu fosse só mais um negro hétero fazendo esse tipo de música, nem me notariam”, disse ao site Uai.

Pioneiro como homossexual assumido dentro de um gênero considerado homofóbico, ele não quer o rótulo para sempre. “Sou o primeiro negro gay a existir dentro do cenário do rap e vir para o jogo, trabalhar como qualquer outro deles trabalha. Não quero causar polêmica (por ser gay), apesar de a imprensa sempre fazer como se fosse.”

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