O limite de cada um é relativo.
Por Isabel Fillardis Do Brasil Post
O que é muito pra mim pode ser pouco pra você, e vice versa.
E ás vezes querem nos impor limites.
Conheço a história de um menino pobre, gêmeo de uma irmã, criado por uma mãe que me falta adjetivos pra falar dela.
Já pequeno se deparou com um primeiro obstáculo: foi questionado por ter a pele mais clara do que sua irmã, já que seus pais são negros.
Algum tempo depois, ele foi diagnosticado com transtorno de ansiedade, síndrome do pânico e surto de esquizofrenia.
Remédios e internações fazem parte da sua rotina nada fácil diante de um mundo que não sabe lidar com as diferenças.
Que forma rude que o ser humano tem de lidar com alguém assim.
“Esse menino não vai ser ninguém… Ele vai ser sempre dependente… Não vai conseguir estudar, se formar.”
Muitos “nãos”.
Eu pergunto: quem somos nós para dar limite á alguém?
O mundo foi criado com lugares diferentes, pessoas diferentes, várias línguas e idiomas justo para que o som da vida não fosse monocórdio.
Pois esses nãos fizeram ele e sua família seguirem: sua mãe e as duas irmãs.
Esse menino acabou de se formar.
É um diplomata, aprovado com unanimidade pela banca.
Fala inglês cursado pela internet e, nas horas vagas, é rapper.
Pois é. Pode ser difícil de acreditar, mas é verdade.
Contra tudo, toda e qualquer opinião contrária, ele nunca se limitou em ficar atrás de um pessimismo, ou complexo de coitadinho. Ele foi à luta.
Você é inspirador, menino.
Penso naqueles que não tem nenhum tipo de diagnóstico e param no meio do caminho…
Avante Guerreiros!