Obama diz que os seus objetivos no Afeganistão são “modestos”

Larry Downing / AFP via Getty Images

Jornal afirma que a estratégia falhou e foco é matar insurgentes

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse ontem que seus objetivos para a Guerra do Afeganistão são “modestos” e alcançáveis. O objetivo, afirmou, é “impedir que os terroristas operem na região”.
“O que queremos fazer é difícil, muito difícil, mas é um objetivo modesto; é impedir que os terroristas operem na região. Impedir que criem grandes acampamentos de treinamento e de planejar ataques contra os EUA com impunidade”, disse Obama na TV.
As afirmações do presidente saem no mesmo dia em que o “New York Times” publicou uma matéria dizendo que a estratégia traçada pela Casa Branca há oito meses não está funcionado.
Segundo a reportagem, a estratégia de contrainsurgência (ganhar confiança dos afegãos protegendo-os do Taleban e ajudando a estruturar um bom governo) está perdendo lugar para a de contraterrorismo, que consiste em missões para assassinar líderes do grupo.
Segundo a matéria, a eliminação de líderes do Taleban e o contato de alto nível do governo afegão com essa organização devem trazer o grupo para uma negociação sobre o fim da guerra.
Além do enfraquecimento das lideranças, EUA e aliados disponibilizaram US$ 300 milhões para comprar aqueles que desistirem de se aliar com o Taleban ou a Al Qaeda.

VITÓRIA TALEBAN
A Holanda anunciou a retirada de suas tropas no Afeganistão. O ministro das Relações Exteriores holandês disse que o país seguirá com relações diplomáticas com o Afeganistão e apoio financeiro para o desenvolvimento do país.
No ano que vem, Canadá, Alemanha e EUA devem começar a retirar suas tropas. O plano anunciado pelos aliados é de que todas as tropas estrangeiras saiam do país até 2014, entregando o controle da segurança para o governo local.
Os líderes do Taleban, que elogiaram a retirada holandesa, dizem que as saídas de tropas e o anúncio de que serão chamados para negociar são uma prova de que estão vencendo a guerra, iniciada em 2001 por George W. Bush.

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