Olívio Dutra: “O PT tem que fazer sua autocrítica, se explicar”

COM SUA FIGURA mais emblemática no banco dos réus, o PT precisa vir a público admitir os erros que cometeu, que incluem não expulsar figuras que “achavam que poderiam disputar, em esperteza, com as artimanhas da elite tradicional”, afirmou o ex-governador gaúcho e ex-ministro das Cidades Olívio Dutra. O fundador da legenda e um de seus nomes mais respeitados conversou com The Intercept Brasil, nesta segunda-feira, em Porto Alegre, onde participa de manifestações de apoio ao ex-presidente Lula.

Por Rafael Moro Martins, do The Intercept

Foto: Omar de Oliveira /Fotoarena/Folhapress

Crítico contumaz das direções recentes do partido, Dutra crê que os problemas legais e éticos enfrentados pelo petismo nos últimos anos se devem, fundamentalmente, ao descolamento entre as bases do partido e seus dirigentes.

“Fizemos concessões a um tipo de política em que as negociações de cúpula valem mais do que o envolvimento do povo”, lamentou. “E não teríamos entrado nesse funil em que estamos. Ele também disse ver com preocupação o domínio cada vez maior da figura de Lula sobre o partido — a ponto de caciques da legenda dizerem que não há alternativa à candidatura dele à presidência em outubro. “O partido, que é uma construção coletiva, passa a ficar dependente ou coadjuvante nesse processo”, afirmou.

 

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