‘Opressão vivida hoje por indígenas é rara’

Silvia Costanti/Valor

Para Manuela Carneiro da Cunha, aumento de queimadas e questionamento ao Inpe são ‘pesadelos’

Por Daniela Chiaretti, do Valor 

 

Manuela Carneiro da Cunha: ‘É uma vergonha o Brasil jogar fora esta enorme riqueza que é a biodiversidade; espero que seja transitória, não é possível que continue’ — Foto: Silvia Costanti/Valor

O governo de Jair Bolsonaro está chegando ao “topo da lista dos opressores” dos povos indígenas, mesmo diante de um elenco de séculos de arbitrariedades. A avaliação é de Manuela Carneiro da Cunha, professora titular aposentada da USP e professora emérita da Universidade de Chicago, referência internacional na antropologia. “É um pesadelo”, continua, avaliando o aumento do desmatamento e o questionamento do trabalho de pesquisadores em instituições como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

“O governo solapou a fiscalização e desdenha o conhecimento científico”, continua. O impacto das mensagens de Bolsonaro e de membros de sua equipe (“que é um governo atípico, um ponto fora da curva”, avalia) é imenso, diz. “No solo, na biodiversidade, no clima e na imagem do Brasil”, segue Manuela, que foi aluna do francês Claude Lévi-Strauss, um os maiores intelectuais do século XX.

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