Policial civil interpela mãe de santo por causa de suas compras na feira de Caxias

Mais um caso de intolerância religiosa, dessa vez na Baixada Fluminense no Grande Rio.

Por Carlos Augusto Lima França França, do Mídia Coletiva

A Mam’etu Nkisi Kátia Funcibialá (Oxalufan) , passou por mais uma ação constrangedora, agora na feira de Duque de Caxias, tudo aconteceu quando Mãe Kátia foi fazer compras de ave, na feirinha de Caxias, uma das mais conhecidas por comercializar animais e aves.

Acompanhada de sua neta, a menina da pedra, Kayllane D Teleku Mpensu(Logun Edé) depois de terem saído do aviário com as aves que tinham pago e acompanhadas de um rapaz(era um adolescente especial) do carreto, quando distraidamente foram abordados por policiais civis que de maneira grotesca e violenta faziam operação na feira , puxando o rapaz(carreteiro) pela camisa e já com a intenção de lhe dar um soco, quando sofreu a interpelação de Mãe Katia querendo saber o que havia acontecido para tal violência e constrangimento, onde o policial questionou a procedência das aves e para onde estavam sendo levadas?

Na mesma hora já com toda feira parada assistindo tal discussão, Mãe Katia não entendia porque só ela havia passado pela fiscalização, já que tinha um numero grande de japoneses e Chineses com os mesmo animais e não tinham sido averiguados, mais na mesma hora , alguns clientes da feira relataram a Mãe Kátia, que isto vem acontecendo mais vezes com pessoas que se trajam com vestimentas do candomblé e da umbanda.

Confirmando assim o que um rapaz, que assistia tudo e chegou perto de Mãe Katia e disse : que aquilo seria por conta da minha roupa. “Daí ele me revelou que já aconteceu isso com ele por ele está vestido com roupa de ração e que por isso que ele não vai mais à feira com esse tipo de roupa.” É realmente está ficando cada dia mais difícil um monte de japonês comprando milhares de Galinhas e nenhum deles foi abordado” disse Mãe Katia. Mais uma intolerância por parte de quem deveria nos defender muito triste ter que conviver com esse tipo de gente, ainda mais sendo da Polícia.

Mais um dado infelizmente para as estatísticas de casos e situações de intolerância religiosa no Rio de Janeiro.

O Agen Afro irá passar o fato para a CCIR-RJ e para o CEPLIR –RJ, ligado a Secretária de Estado de Direitos Humanos do RJ.

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