Pré-candidato à presidência reforça discurso imperialista dos EUA

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“Deus não criou este país para que fosse uma nação de seguidores. Os Estados Unidos não estão destinados a ser um dos vários poderes globais em equilíbrio”, afirmou hoje (7) Mitt Rommey, pré-candidato republicano à eleição presidencial de 2012 nos Estados Unidos. Para ele, Deus criou os EUA para que o país lidere o mundo. Mitt Rommey também acusou o presidente Barack Obama de enfraquecer voluntariamente o país.

O pré-candidato republicano pronunciou esse discurso no aniversário de dez anos do início da intervenção americana no Afeganistão, aproveitando seu bom momento, em que as pesquisas o colocam em primeiro lugar nas intenções de voto entre os pré-candidatos republicanos, em forte disputa com Obama para a eleição de novembro de 2012.

“Os Estados Unidos devem conduzir o mundo ou outros o farão”, acrescentou, afirmando que o planeta seria mais perigoso caso Washington não exercesse um papel de liderança. Romney estava rodeado por cadetes do Citadel, um colégio militar da Carolina do Sul.

“Deixem-me ser claro: como presidente dos Estados Unidos, eu me dedicarei a um século americano”, afirmou. Em outra pérola de seu discurso, Mitt disparou contra Obama: “Nunca, jamais, pedirei perdão em nome dos Estados Unidos”.

Os republicanos classificam os esforços de Obama para melhorar a imagem dos Estados Unidos fora do país como um “tour de desculpas” e acusam seu governo de enfraquecer o papel do país.

Tal como o ex-presidente George W. Bush, que dizia consultar-se com Deus antes de perpetrar guerras, o discurso de Mitt está impregnado de arrogância imperial e fundamentalismo religioso, o que desmascara o argumento estadunidense sobre governos como o do próprio Afeganistão . Alinha-se com a concepção da supremacia estadunidense, a mais concentrada manifestação do hegemonismo, do belicismo e do neofacismo norte-americano.

Fonte: Vermelho

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