Preso ao pedir informação, Comissão da OAB/RJ quer liberdade provisória de guineense

 
 
A Comissão de Igualdade Racial (CIR) da OAB/RJ segue acompanhando o caso do estudante de Guiné-Bissau Delmar N’Taquina Lopes Siga, de 22 anos. Ele é aluno de Arquitetura da UFRJ e foi preso dia 15 na região da Taquara, no bairro de Jacarepaguá, acusado de roubar três aparelhos de telefone celular. No dia 22, o pedido do defensor público Felipe Lima de Almeida para concessão de liberdade provisória foi negado. Além disso, a Justiça decretou a prisão preventiva de Delmar. A CIR emitiu nota pública em que reforça o pedido de liberdade provisória para o estudante guineense, pois considera que pode se tratar de um caso de racismo. A embaixada na Guiné-Bissau também está acompanhando o caso.
 
Enviado por  Aparecido Silva – Facebook
 
O guineense está no Rio de Janeiro desde outubro de 2012, participando de um programa de intercâmbio estudantil que concede bolsas a estudantes estrangeiros. Ele mora no alojamento universitário da UFRJ, que fica no campus da Ilha do Fundão.
 
Delmar declarou à polícia que, ao sair de um churrasco de confraternização com colegas de faculdade, em Jacarepaguá, foi pedir informações em um ponto de ônibus e uma mulher, que estava com celular na mão, ficou assustada. Naquele momento, um policial civil passou pelo local e achou que se tratava de um assalto, atirou para o alto e prendeu o estudante. Após ser preso e conduzido à 32ª Delegacia de Polícia (Taquara), Delmar foi levado para o presídio de Bangu II e, posteriormente, para a Cadeia Pública Patrícia Acioli, em São Gonçalo, onde permanece preso.
 
Na decisão em que nega a liberdade provisória, o juiz Alberto Fraga, da 2ª Vara Criminal de Jacarepaguá, declarou que as “benesses concedidas ao acusado não o desestimularam a atentar contra o patrimônio das pessoas de bem e podem evidenciar uma personalidade afeta à delinqüência”.
 
 
 
Fonte: OABRJ
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