Preta, preta, pretinha e a cor do preconceito

FONTEPor Juh Sarah*, do Tempo Fashion
(Foto: nappy/@sebastianlibuda)

Essa semana, algumas pessoas compartilharam no facebook, uma foto que mostra uma mulher negra, com o cabelo super crespo (aparentemente, ao natural), os dizeres falavam o seguinte: “Não reclame” e na legenda da foto constava o seguinte: “Não reclame do seu cabelo”. Achei tão vulgar, tão sujo, tão preconceituoso e tão sem noção, que resolvi falar disso aqui com vocês. Acho o fim da picada nos tempos atuais, ainda sermos bombardeados com esse tipo de atitude, e ainda mais, vindo de pessoas que se dizem instruídas e conscientes. No mesmo instante em que vi a foto, eu também compartilhei no meu mural com comentários gigantescos que deixaram claro meu total descontentamento. Da forma que foi colocado, ser negro e ter “cabelo duro”, é visto como algo ruim, pejorativo. E a foto daquela jovem, estampada mais do que apenas o rosto de uma mulher, mas a cor e o tom do preconceito que ainda existe em muita gente. Sei e admito (por experiência própria), que ter e manter os cabelos crespos é bem complicado. Os cabelos crespos exigem muita atenção, investimento em cuidados e produtos específicos. Produtos até temos acesso, mas as vezes, falta-nos tempo. E por isso, não culpo ou recrimino quem relaxa ou alisa seus fios, até porque, seria outra forma de preconceito. Mas devo admitir que os cabelos étnicos são muito lindos e conseguem dar um diferencial ao visual de qualquer mulher. É claro que para usar um cabelo assim, é preciso ter personalidade para assumir um estilo forte e cheio de história ancestral. Por isso, resolvi postar algumas fotos de mulheres que assumem seus cabelos super cacheados e muito crespos, de uma forma linda e com muito estilo. Parabéns para elas!

*Juh Sarah Sou Contadora por formação. Trabalhando sempre envolvida com burocracia e números, num dado momento, me vi também contabilizando looks e tendências.

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