São Jose do Rio Preto: Arprom vai dar assistência a vítima de racismo na Câmara

Por: Rodrigo Lima

 

Hamilton Pavam / Garota foi chamada de “macaca” por cerimonialista da Câmara

 

A Associação Rio-pretense de Promoção do Menor (Arprom) afirmou que vai dar apoio jurídico e psicológico a menor aprendiz G.C.A.B, de 17 anos, que registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), acusando a servidora pública Olívia Lobo de xingá-la de “pretinha”, “macaca” e “filha da puta”. Ela, que trabalha na Câmara, afirmou que foi vítima dos xingamentos após se negar a prestar serviços particulares para a funcionária.

A adolescente afirmou ontem que já entregou ao presidente do Legislativo, Paulo Pauléra (PP), cópia da ocorrência para seja tomadas medidas administrativas contra Olívia. Pauléra já anunciou que vai abrir comissão de sindicância para apurar o caso.

O presidente da Arprom, José Vitta Medina, disse que a menor “foi humilhada” na Casa. Ele afirmou que não se lembra de outro caso envolvendo possível ato de racismo contra um dos adolescentes que frequentam a entidade. “Vamos dar todo o apoio jurídico e psicológico que G. necessitar. A mãe dela já tomando todas as providências que o assunto exige”, afirmou Medina.

O caso foi registrado na polícia como crime de injúria. A menor terá de representar a servidora formalmente para que seja instaurado inquérito policial. G. vai prestar novo depoimento ainda neste mês. Ela diz que vai levar adiante a representação contra Olívia, que negou que tenha xingado a menor. Ela disse que não é racista.

Na Câmara, os funcionários evitam comentar o assunto nos corredores. Ontem, a adolescente reafirmou que um motorista vai testemunhar em seu favor. Vereadores lamentaram o episódio e defenderam a punição à funcionária, que uma das responsáveis pelo cerimonial da Casa, se a acusação for comprovada.

Fonte: Diário Web

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