Serra cortou recursos que reduziriam o efeito da crise em SP

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), que é economista por formação, efetuou cortes de R$ 2,77 bilhões nos recursos que seriam investidos nas estatais paulistas e também na administração direta e indireta no ano passado. As informações são da Assessoria Financeira da Liderança do PT na Assembleia Legislativa, obtidas através da análise do Sistema de Informações Gerenciais da Execução Orçamentária (Sigeo).

Os recursos retidos por Serra serviriam para amenizar os efeitos da crise financeira internacional na economia paulista e só não foram mais graves pelas medidas adotadas em nível federal pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre produtos da linha branca (geladeiras, fogões, máquinas de lavar e tanquinhos), automóveis, além de abertura de linhas de crédito para as empresas. Segundo dados da bancada do PT, Serra havia prometido aplicar R$ 20, 5 bilhões em 2009, mas efetivamente só aplicou R$ 17, 8 milhões.

As empresas que mais sofreram com os cortes realizados por Serra foram a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU), que perdeu R$ 411 milhões (- 35%) do investimento inicialmente previsto, a Companhia de Saneamento Básico de Estado de São Paulo (Sabesp), cujos cortes foram de R$ 464 milhões (-21,8%) e a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), onde o governador paulista, pré-candidato à presidência da República retirou R$ 1,62 bilhão (-45%) dos investimentos. Pela planilha do PT, o presidenciável deixou de investir R$ 1,29 bilhão nas empresas estatais e R$ 1,47 bilhão na administração direta e indireta, afetando salários e benefícios do funcionalismo público em geral.
Fonte: Brasilia Confidêncial

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