Serviço da Mulher lança ação para que mães adolescentes sigam na escola

Não te percas, segue adiante. Este é o nome da campanha lançada em abril passado pelo Serviço Nacional da Mulher (Sernam), no Chile, para reduzir o número de desistência escolar por causa da gravidez na adolescência. De acordo com informações do Serviço, a cada ano, 40 mil jovens chilenas ficam grávidas.

Com a gravidez, muitas abandonam os estudos. Segundo o Governo do Chile, “80% das mães adolescentes deixam seus estudos”. Em 2009, por exemplo, 39.240 adolescentes deixaram a escola por causa da gravidez ou da maternidade. Entre os meninos, somente 1.980 haviam abandonado as aulas por razão da paternidade.

A ministra da Sernam, Carolina Schmidt, ainda apontou que “depois de dois anos [de ter seu primeiro filho] 60% são mães pela segunda vez, com a perpetuação do ciclo da pobreza que isso significa”. Isso porque, como não seguem com os estudos, as jovens mães têm mais dificuldades em conseguir um trabalho.

De acordo com a ministra, a iniciativa Não te percas, segue adiante é justamente para ajudar as adolescentes que já são mães com o objetivo de que elas sigam os estudos. “Este programa entrega apoio para que elas possam seguir seus estudos e os compatibilizem com a criação de seus filhos. Ademais, entrega ferramentas emocionais que dão segurança e autoestima para continuar com os estudos e optem por um trabalho ou profissão para oferecer adiante a seus filhos”, destacou no sítio eletrônico do Governo.

Algumas mães adolescentes chilenas já participam do programa Maternidade Adolescente, iniciativa de apoio à maternidade desenvolvida pelo Serviço Nacional da Mulher. O programa trabalha com meninas grávidas ou que já são mães e que têm entre 11 e 18 anos de idade.

Com oficinas educativas e formativas, visitas domiciliares, e intervenções individuais, o programa tem o objetivo de “intervir com a intenção da reinserção escolar e social, assegurar o bom cuidado de seus filhos e a sã construção do vínculo e apego, contribuir à prevenção de uma segunda gravidez, apoiar a construção de um projeto de vida e contribuir para o exercício da corresponsabilidade, integrando o pai nos processos de gravidez, parto, criação e educação do filho/a”.

As adolescentes permanecem no programa por no mínimo 14 meses e recebem ajuda de psicólogas/os, trabalhadoras/es sociais, matronas e monitores/as.

Com informações do Governo do Chile.

 

 

Fonte: Correio do Brasil

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