Superintendencia de Salvador debate a impontância da educação no combate a discriminação

Funcionários e colaboradores da Superintendência Regional de Salvador (Sureg-SA) lotaram o auditório da unidade na quarta-feira (14/03) para prestigiarem a palestra sobre Equidade de Gênero e Raça – Um Desafio que começa na Educação, que abordou conceitos de gênero, raça, o papel da família e da escola na educação infantil, e a influência que a mídia exerce na sociedade. O evento fez parte das atividades em comemoração pelo Dia Internacional da Mulher, e Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, datas relevantes na luta pela igualdade racial e de gênero no Brasil.

Edson Cardoso, assessor especial da ministra Luiza Bairros, da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial; e Wania Sant’Anna, consultora da Petrobras para questões do gênero e diversidade, foram os palestrantes convidados. O evento contou ainda com a presença do superintendente, José Carlos Vieira Gonçalves; do presidente da Associação dos Empregados de Salvador, Erisson Soares Lima; da Coordenadora do Comitê Nacional de Pró–Equidade de Gênero e Raça da CPRM, Sandra Maria Schneider; e da coordenadora regional do comitê, Telma Vídero Valentim.

Em sua palestra, Edson Cardoso, explicou os conceitos de gênero e raça e os preconceitos existentes no Brasil. Segundo ele, a escola tem papel importante na valorização da diversidade. Para Cardoso, é fundamental uma educação anti-racista e sem preconceitos. “Hoje as escolas não mostram o que está por traz das diferenças. Pensar em igualdade significa reconhecer as diferenças”. De acordo com Cardoso, os meios de comunicação ajudam a criar estereótipos e preconceitos ao banalizar a imagem da mulher em comerciais e propagandas. “Precisamos fazer uma reflexão para qualificar o debate, pois é sistemática a desumanização da imagem da mulher”, analisou.

O representante do ministério disse que a igualdade de oportunidades é um paradigma no Brasil. “Nós vivemos desigualdades que tem origem no passado. Temos uma responsabilidade coletiva em combater o racismo e a discriminação. A democracia é incompatível com racismo, sexismo ou qualquer outra forma de discriminação”. Segundo ele, o Brasil está no caminhando, mas é preciso abrir mais espaço. “Este evento é um sinal concreto de mudança. Uma empresa como a CPRM que permite que seus empregados interrompam suas atividades para participarem de um debate como este mostra essa nova realidade”.

edson-cardosoEdson Cardoso, assessor especial da ministra Luiza Bairros, e Wania Sant’Anna, consultora da Petrobras para questões do gênero e diversidade

Wania Sant’Anna disse durante sua apresentação que no Brasil 38% dos lares são chefiados por mulheres e que as empresas precisam dar um tratamento justo a elas. “Igualdade de oportunidades não é apenas uma questão moral, mas sim, uma questão legal prevista na Constituição”. A consultora defendeu a implantação de cotas para jovens negros ingressarem nas universidades. Para ela, o sistema de cotas ajudou a qualificar o debate sobre a qualidade do ensino no país. “Antes o debate era se teria greve ou não nas universidades. Hoje, discutimos a qualidade e a inserção de uma camada até então marginalizada no sistema de ensino”, destacou.

Palestrantes elogiam o debate

Os empregados participaram ativamente do debate fazendo dezenas perguntas aos palestrantes. “Me surpreendeu a riqueza de questionamentos durante o debate”, disse a consultora da Petrobras. A mesma opinião foi compartilhada por Cardoso. “Foram perguntas importantes feitas por pessoas que estão interessadas no assunto”. O técnico em geociências Leandro Santos Lacerda, disse que a palestra foi uma oportunidade que os empregados tiveram em adquirir mais conhecimento sobres as questões de gênero e raça. “Acredito que após essa palestra quem não tinha informação sobre o assunto, agora passa a ter”, avaliou.

Fonte: CPRM

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