Suspiros e bombons não crescem mais: Manifestações livres sobre qualquer assunto

Por Leno F. Silva

Lembrei-me de uma poesia que escrevi em 1984 e decidi republicá-la aqui. Alguns amigos já a conhecem, mas a maioria não. Espero que você goste. Por aqui, fico. Até a próxima.
Suspiros e bombons não crescem mais
Sapatos apertam e martelam as veias da razão
O sangue bombado se choca com o retorno,
Seu destino deixa a via:
Atormenta as batidas desritmadas,
Não dando nada de harmonia.
Os pés sobem pela cabeça,
E escalam os abismos do infinito estar.
O cume reluz tristeza:
“Pra não dizer que não falei de flores”,
O sabiá laranjeira canta.
Coração, nada aflito.
Antes do estouro,
O sereno corre fino atrás do Santo.
As margaridas badalam, fazendo arder os olhos,
Que pulsam tiros de anis. Certos.
Preso na estação se depara com o seu espelho: quebra.

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