Em 2011, a emissora australiana Channel 7 exibiu reportagem sobre a tribo amazônica brasileira Suruwaha e, à época, classificou seus membros como “assassinos de crianças”. A matéria foi considerada racista e o canal foi condenado por provocar “uma intensa aversão e um grave desprezo contra uma pessoa ou grupo”.
De acordo com as informações da Agência Ansa, a veiculação da reportagem gerou protestos, incluindo a manifestação da entidade Survival International, que defende os direitos dos povos indígenas. Em 2012, a Autoridade de Comunicações e Mídia da Austrália (ACMA) já havia decidido sobre a condenação do Channel 7, que recorreu da decisão. Nesta semana, a Corte Federal do Austrália confirmou o julgamento.
A reportagem assinada por Paul Raffaele e Tim Noonan afirmava que, na tribo, “os bebês nascidos com defeitos congênitos ou de mãe solteira são espíritos malignos e devem ser mortos da maneira mais terrível possível”. As informações reportadas foram consideradas “inexatas”.
Em comunicado, o diretor da Survival International, Stephen Corry, disse que “os povos indígenas são acusados de barbáries desde a chegada dos primeiros colonizadores, que desse modo tentavam justificar as crueldades do imperialismo”.
Fonte: FNDC