Um dia na vida de uma pessoa negra

Perguntamos para pessoas negras quais são as situações mais preconceituosas e constrangedoras que as elas passam no cotidiano delas e desenhamos para você

(Conheça série de quadrinhos da SUPER: “Um dia na vida de…”. Conversamos com mulheres, negros, gays e pessoas com deficiência para entender que situações desconfortáveis fazem parte de seu dia a dia – e depois desenhamos os casos para todo mundo entender)

Agradecemos a Ana Julia Gennari, Lívia Martins, Sophia de Mattos e Matheus Moreira, pela coautoria deste post.

Em 13 de maio de 1888, quando a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, a “Redentora” não acabou com o racismo. Há mais de 20 anos, quando quase 3 milhões de sul-africanos votaram “sim” ao pacote de reformas propostas pelo governo de Frederik De Klerk que colocariam fim ao regime do apartheid, eles não acabaram com o racismo. Em 2003, quando o aniversário de morte de Zumbi dos Palmares virou feriado para o país refletir sobre a condição das pessoas negras, o racismo não acabou. Nem ali, nem lá atrás, nem agora – e o preconceito persiste porque deixamos que persista.

Para colocar fim ao apartheid social não institucionalizado que insistimos em ignorar, é fundamental lembrar que racismo não é sutileza – é crime. E que não é curioso que em um país em que 109,8 milhões (53,6% da população, de acordo com o IBGE) se declarem negras, essas mesmas pessoas sejam minorias em rankings de riqueza, educação e expectativa de vida – é patológico. Melanina só determina as nossas cores. Nada mais.

Os quadrinhos a seguir foram inspirados em situações reais pelas quais pessoas negras passam diariamente.

Um dia na vida de uma pessoa negra

Com quadrinhos de Helô D’Angelo

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