Jeffrey Webb, vice-presidente da Fifa, declarou em entrevista coletiva nesta quarta-feira, em Londres, que o futebol inglês tem um problema crônico com racismo.
Webb, que também é chefe do comitê anti-discriminação da Fifa e presidente da Concacaf , Confederação de Futebol da América Central, do Norte e do Caribe, acredita que deveria ser inserido na Grã-Bretanha um sistema de cotas que exigisse a maior presença de afrodescendentes no meio.
“São 92 clubes e apenas dois com técnicos de cor – Huddersfield Town e Carlisle United”, disse o dirigente, que usou como exemplo Eddie Newton, assistente de Roberto Di Matteo na campanha do título da Champions League de 2012 com o Chelsea e hoje desempregado. “Ele não consegue nem uma entrevista, não estou falando de um trabalho, mas de uma entrevista. Isso – o racismo – está na nossa cara.”
Webb aconselha que seja seguido na Grã-Bretanha o modelo da NFL, liga de futebol americano, no qual os clubes são obrigados a incluir minorias étnicas entre os candidatos ao cargo de treinadores das equipes.
Na semana passada, José Mourinho, técnico do Chelsea, discordou do dirigente. “Não existe racismo no futebol, se você é bom, é bom e consegue um emprego. O futebol não é estúpido para fechar a porta às pessoas.”
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