Saúde da população negra e racismo são temas de seminário
Promover o debate de políticas públicas para a população negra é o objetivo do Seminário Estadual de Saúde da População Negra, com o tema “Vida Longa com Saúde e Sem Racismo”.
O seminário é uma realização do governo do Estado, por meio das secretarias estadual e municipal de Saúde, Hemoacre e Ministério da Saúde, em parceria com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEADPIR) e Semam.
Participaram do evento o secretário adjunto de Atenção à Saúde, José Amsterdam Sandres Sobrinho, representando a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre); a primeira-dama do Estado, Marlúcia Cândida; a secretária municipal de Saúde, Marcilene Alexandrina Chaves; a representante do Ministério da Saúde, Joyce Aragão; e outras autoridades e gestores municipais e estaduais de saúde, conselhos de saúde e representantes das Unidades Municipais de Saúde e do Ministério da Saúde.
Segundo dados do IBGE, 71% da população do Estado é composta de afro-descendentes. Destes, 31% são negros. “O olhar do estado deve estar mais voltado para esse público, principalmente com relação às doenças falciformes” conforme explica a coordenadora da Divisão de Políticas das Populações Prioritárias, Zilmar Cândido.
A doença falciforme é hereditária e causa malformação das hemácias, ocasionando deficiência no transporte de oxigênio. Além de diminuir a expectativa de vida do indivíduo em média de um a cinco anos. Este tipo de doença é prevalente à população negra.
No decorrer do seminário, foram discutidos temas como a implantação do Plano Nacional de Saúde da População Negra, o cenário das doenças falciformes no Acre e o Racismo Institucional no Brasil. Além disso, um espaço foi reservado para debates e apresentação de propostas para implantação das metas atribuídas ao Comitê Técnico instituído pela portaria nº 471, de 23/07/2012.
O comitê tem como atribuições entre outras coisas, propor e participar de iniciativas intersetoriais, especialmente em conjunto com as demais instâncias de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e colaborar no acompanhamento e avaliação das políticas e ações do SUS do Estado do Acre, que tratem da diversidade e da promoção da equidade racial étnica.
“Manda essa negra macumbeira sair da sala” Preconceito e intolerância religiosa em unidade hospitalar
Fonte: Agência do Acre
