Virada Inclusiva: Manifestações livres sobre qualquer assunto

Por: Leno F. Silva

 

No último final de semana realizou-se, em São Paulo, a Virada Inclusiva, uma iniciativa que contribuiu para trazer à tona a situação de vida das pessoas com deficiência. Na maior cidade da América Latina, apesar de alguns avanços, a inclusão e a acessibilidade ainda são temas que não frequentam o nosso dia a dia.

Questões urbanísticas e de mobilidade, como calçadas sinalizadas e rebaixadas, assentos reservados em transportes públicos, estabelecimentos com rampas e banheiros adequados são exemplos de medidas que ajudam a disseminar e a conscientizar a sociedade para uma parcela expressiva de cidadãos que ainda luta por direitos básicos.

Na esfera profissional os efeitos da Lei de Cotas para esse segmento evoluiu pouco, pois exige investimentos, mudança de cultura e mecanismos originais para o desenvolvimento e a identificação desses talentos. Não obstante a essa realidade, trata-se de uma problemática que conquistou um pouco mais de visibilidade e ganhou certo espaço em diferentes esferas de governo.

Se antes debater questões inerentes eram restritas a entidades especiais criadas, na sua maioria, por familiares, hoje elas encontram-se ampliadas, mas ainda longe de integrar políticas de Estado
com planejamento e metas claras. Os seus processos de implantação são transversais, exigem olhar para aspectos de educação, saúde, trabalho e tantas outros, os quais todos os cidadãos também deveriam ter direito.

O bom é que cada vez mais encontramos essas pessoas circulando pelos espaços públicos, enfrentando desafios, ultrapassando barreiras para ocupar diferentes lugares desta metrópole. E, principalmente,
engajados em lutar e cobrar respeito e dignidade, afinal inclusão e acessibilidade são preocupações permanentes. Por aqui, fico. Até a próxima.

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