Vocalista da U2 é acusado de incentivar violência racial na África do Sul

Bono está sendo criticado porque teria apoiado uma música que incentiva a morte de fazendeiros brancos no país.


Brasília – O vocalista da banda U2, Bono, está sendo criticado porque teria apoiado uma música que incentiva a morte de fazendeiros brancos na África do Sul.

Bono comparou a música às canções que apoiavam o IRA (Exército Republicano Irlandês), dizendo que elas tiveram sua importância.

Kill de Boer, Kill the Farmer (“mate os bôeres, mate os fazendeiros”) é uma música antiga, cantada nos tempos da luta contra o apartheid, que pode ser proibida no país pois autoridades consideraram que ela pode incitar o ódio racial, informa a BBC Brasil.

‘Bôer’ significa fazendeiro no idioma africâner, usado por descendentes de holandeses na África do Sul, mas a palavra muitas vezes é usada como sinônimo de branco entre a comunidade negra do país.

Após a declaração de Bono, muitos sul-africanos disseram que, em protesto, rasgaram seus ingressos para os shows que o U2 vai fazer no país.

“Esse é um discurso de ódio. Eles não conhecem a nossa história”, disse um sul-africano, que participou de um programa na rádio local.

Em uma entrevista para o jornal sul-africano Sunday Times, Bono comparou a música a outras ligadas ao IRA.

A Suprema Corte sul-africana está atualmente considerando se a música deve ser proibida, por violar o direito dos brancos.

Há pouco menos de um ano, após o assassinato do líder do movimento segregacionista branco Eugene Terreblanche, muitos acusaram o jovem líder político Julius Malema, do governista CNA (Congresso Nacional Africano) de incitar o crime por costumar cantar Kill de Boer.

 

Fonte: Portugal digital

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